Estudo revela que viajar pode ser um dos segredos para uma vida mais longa

Todo mundo (ou pelo menos quase todo mundo) concorda que viajar é uma experiência enriquecedora. Cada novo lugar que conhecemos acaba por ampliar a nossa visão da realidade, o nosso senso crítico. Por esse motivo, as viagens são consideradas investimentos e não apenas gastos. Mas um estudo da Universidade de NorthWestern, nos Estados Unidos, revelou que, além de mais satisfação pessoal, as incursões pelo mundo também contribuir para uma vida mais longa.

Como as viagens afetam o cérebro

Realizado desde 2008, o Super Aging Study tenta desvendar os mistérios da mente de idosos que, mesmo com o avançar da idade, continuam com um desempenho cerebral espantoso. A diminuição da atividade do cérebro é natural com o passar dos anos, mas, para o grupo investigado, denominado Super Agers, o tempo não é um problema. Oito ou nove décadas nem parecem pesar tanto.

Uma das participantes do estudo, June Scott, tem 86 anos e já conheceu os sete continentes, contabilizando 87 países. O diferencial, neste caso, é que ela continua “na estrada”. A idade não foi e nem continua a ser um impedimento, antes o contrário. E quem pensa que a aventureira senhora prefere resorts confortáveis, está muito enganado. Uma das suas últimas viagens, por exemplo, incluiu acampar no maior deserto de areia do mundo, Rub’al Khali, considerado também um dos locais menos visitados e explorados.

A disposição atípica de June para alguém com a mesma idade é explicada pela ciência: o seu cérebro, assim como os dos outros investigados, perde menos volume do córtex. Algumas parte do mesmo assemelham-se ao de uma pessoa com menos de 50 anos.

Até então, a ciência acreditava que nascíamos com um determinado número de neurônios e que, com o passar dos anos, essa quantidade diminuía. Porém, isso pode não ser tão linear. O estudo revelou, no caso específico de June, que as viagens mantiveram o seu cérebro em um constante exercício. Praticar uma nova língua, explorar novas tradições e conhecer novos roteiros são algumas das coisas que fazem parte de uma viagem e que dão um verdadeiro banho de juventude ao cérebro. O simples fato de conversar com outras pessoas que não fazem parte do nosso ciclo de amizades habitual é um estímulo e tanto.

Nem todas as pessoas com a mesma capacidade de June focaram-se em viajar. Alguns voltaram-se para o voluntariado, para atividades religiosas ou mesmo para os jogos com outras pessoas da mesma idade. O fator em comum é como a sociabilidade auxilia a desacelerar o processo de “encolhimento” do córtex cerebral.

Enquanto isso, June Scott continua a desbravar o mundo. Segundo ela, não ter uma passagem aérea comprada é como caminhar mais depressa para a morte. “Viajar torna a vida mais interessante”, afirmou em entrevista à revista Condé Nast Traveler.

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