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A bordo do Wine Train, no Napa Valley

Pouco depois das 10:00 am o embarque no Wine Train começa. Bilhete na mão, “check-in” feito.

Ninguém leva mala nessa viagem, apenas trajes leves e casacos para caso esfrie ao entardecer.

Muitos neste grupo de cerca de vinte pessoas já passam dos quarenta, alguns quase na casa dos trinta, mas ninguém parece ter ido sozinho neste dia. São todos casais, com exceção de uma mãe na companhia de sua filha e a promessa para quem quiser ouvir que naquele dia iria comer e beber de tudo – afinal, ninguém faz um tour desses se não for para aproveitar mesmo.

Embarcando no Wine Train, no Napa Valley

Às 10:30 todos embarcam. Com todos a bordo, a curta e ao mesmo tempo longa viagem é iniciada.

Wine Train começa a percorrer o trajeto e então a recepção calorosa é feita pelas funcionárias que se apresentam e explicam como seria o roteiro do dia.

Apesar dos trilhos terem apenas 57 km de extensão, a viagem duraria seis horas com direito a três paradas em vinícolas diferentes e quatro pequenas refeições dentro do trem, apenas o suficiente para manter os pés firmes no chão e a cabeça sem girar de tanto vinho.

A primeira delas chega dentro de alguns minutos: ciabatta com salmão defumado, parfait de frutas vermelhas e mingau de aveia caramelizado.

primeira refeição no Wine Train
Foto: Nataly Lima

Como sugestão de acompanhamento é sugerido um vinho espumante, que como qualquer outra bebida dentro do trem é cobrada à parte, com exceção de água.

A taça de vinho gira em média dos US$13, mas o ideal é aproveitar quando se está no trem para se hidratar com água mesmo, pois neste pacote já estão inclusas três degustações de diversos vinhos em vinícolas diferentes.

Entre vinhos e bolhas na Chandon

Após forrar o estômago levemente e ficar com aquele gostinho de quero mais após o primeiro prato gourmet, a primeira parada do passeio é a Domaine Chandon.

tour é realizado pela simpática guia da vinícola que explica sobre os tipos de vinho que ali são produzidos e logo oferece ao grupo uma degustação do vinho espumante e outras variações da marca.

Viníciola Domaine Chandon, no Napa Valley
Foto: Nataly Lima

No lado externo, entre sombras e o sol quente do fim de setembro, outros vinhos são apresentados e degustados.

Ali há espaço para todos os tipo de conversas sobre vinho e até mesmo uma demonstração – muito útil, diga-se de passagem – de como abrir uma garrafa de espumante sem desperdiçar uma gota sequer.

De forma breve, a guia esclarece também o processo de confecção do vinho espumante. Apenas um spoiler para quem não quer dormir sem saber: para obter as bolhas neste tipo de bebida é preciso colher as uvas um pouco mais cedo do que as demais para manter a acidez, há também uma segunda fermentação e as garrafas deste tipo de vinho ficam em repouso de cabeça para baixo.

E num passe mágica – e mais alguns goles – todos se sentem um pouco mais entendidos no assunto.

Paisagem privilegiada na Hall

Terminando a visita à primeira vinícola, o grupo volta ao trem e o segundo prato é servido. Se trata de um gazpacho e uma suculenta salada com figos, nozes, queijo Rochefort cobertos com molho adocicado de mel e torrada temperada com azeite.

Almoço do Wine Train, no Napa Valley
Foto: Nataly Lima

Em um ritmo muito compassado, o grupo termina a refeição e já está à porta de outra vinícola.

A Hall fica em Santa Helena, já no final dos trilhos do Wine Train, e ali são servidas algumas garrafas para degustação. Um dos destaques da produção de vinho da Hall é o cuidado em ter produtos 100% orgânicos.

A visita a esta vinícola se torna ainda mais rica quando a guia convida a todos para experimentarem as uvas diretamente do pé e explica mais sobre as características das frutas utilizadas na confecção dos vinhos.

Após a experiência que para muitos foi o highlight do passeio, o grupo passa pelas instalações da vinícola, com destaque para a belíssima área externa.

No final, o grupo é convidado para mais uma sala de degustação e ali tem a oportunidade de conhecer melhor os pacotes de assinatura da Hall. Para quem é apreciador de vinho e mora nos Estados Unidos, pode ser uma forma de obter acesso quase que exclusivo aos vinhos produzidos pela empresa.

Todos de volta ao trem para a última etapa do passeio, o terceiro prato é servido a partir da preferência de cada viajante: barriga de porco com purê de couve-flor, bacon e redução de mostarda ou filé de salmão com cogumelos selvagens, noodles, cebola verde e rabanete em dashi (caldo japonês).

almoco wine train
Foto: Nataly Lima

Uma visita aos Coppola…

A refeição principal termina e o trem já está à porta da Inglenook. Talvez o nome não lembre nada no primeiro momento, mas ao saber que se trata de uma propriedade de Francis e Eleanor Coppola a figura muda. Adquirida com o lucro dos filmes “O Poderoso Chefão”, a família manteve a tradição da vinícola e hoje é uma das mais bonitas propriedades da região do Napa Valley.

Nessa altura já não há lá muita distinção no paladar,  é verdade, mas o grupo experimenta então mais algumas taças do vinho produzido no local e visita a casa em direção ao principal destaque nesta parada: as caves de vinho. Ali, entre as sombras e o frescor dos barris de vinho é encerrada a visita.

De volta ao trem, os últimos quitutes são servidos: pêras escalfadas no vinho branco, com amêndoas, queijo Mascarpone e framboesas. Com o sabor adocicado na boca e sem dúvida um teor alcoólico considerável no sangue, os viajantes são deixados de volta na estação inicial.

Sobremesa do Wine Train
Foto: Nataly Lima

Depois de cerca de oito taças de vinho, ficam apenas as fotografias, um broche entregue como lembrança e um leve pileque como memórias de um dia encantador pelo mundo dos vinhos da Califórnia.

Wine Train, Napa Valley
Foto: Nataly Lima

Já são 16:30. Todos desembarcam.

O jantar é em outro lado…

Para quem quiser ir também

Os pacotes do Wine Train são para maiores de 21 anos e os preços começam nos US$221, com duração de cerca de três horas, incluindo o passeio de trem e a visita a algum produtor de vinho.

O tour que embarcamos no fim de setembro à convite da Wine Train foi o Estate Tour e custa a partir de US$329 por pessoa. O passeio é indicado para quem é amante de vinhos, independente do grau de conhecimento sobre o assunto.

Financeiramente falando, vale mais a pena para quem tem vontade de visitar mais de uma vinícola no Napa Valley, uma vez que os valores de cada degustação custam separadamente cerca de US$40 e neste caso ainda se tem as refeições gourmets inclusas e o passeio de trem. É muito indicado também para quem tem vontade de experienciar algo mais exclusivo e romântico durante a viagem pela Califórnia.

Napa Valley Wine Train
275 McKinstry Street, Napa, California 94559
Estacionamento gratuito no local
www.winetrain.com

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