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As mulheres marroquinas e eu

Confesso que quando o avião aterrissou em Casablanca, no Marrocos, tinha em mim várias sensações que oscilavam do medo a euforia.

A chegada ao aeroporto foi um pouco assustadora porque após alguns passos me vi numa fila sendo levada para uma cabine improvisada. Lá uma mulher foi passando a mão pelo meu corpo todo rapidamente. Um horror !

No dia seguinte, de carro pelas ruas, me senti uma estranha pois as mulheres pareciam enormes com aqueles mantos gigantescos e eu tão pequenina… Quando cheguei à Mesquita Hassan II para visitar, descobri que teria que aguardar quase 2 horas.

Estava preparada com meu lenço sob a cabeça e minha roupa discreta. Fiquei observando as pessoas ao redor e a arquitetura deslumbrante e os azulejos coloridos. Me lembrou a magia do Vaticano.

Essa é uma das poucas mesquitas do mundo muçulmano que permite a visita de turistas não muçulmanos. Confesso que decidimos não esperar para entrar nesse outro mundo, não só porque fazia calor, mas porque senti que ali não era minha praia.

E assim partimos para Fez e depois Agadir. Cidades mais alegres, com mais turistas.

Pouco a pouco fui percebendo que haviam lugares exclusivos para homens (cafés), mas nem por isso as mulheres pareciam infelizes ou revoltadas.

Em Agadir, talvez pelo clima praiano, percebi que as mulheres eram felizes! Tarde da noite lá estavam elas com as crianças sentadas nas praças e calçadas conversando sem parar.

Já em Marrakech percebemos sob a lente e o zoom das cameras fotográficas que as mulheres sorriam discretamente embaixo de suas burcas e possuíam uma pele brilhante. Uma pele aveludada, deslumbrante!

Fui atrás do segredo dermatológico dessas mulheres nas farmácias e descobri o poderoso Argan du Maroc, o creme que faz milagres…

Depois de dez dias estava bem menos assustada, ou melhor, estava completamente fascinada com as cores, os cheiros e os sabores do Marrocos.

Yves Saint Laurent estava certo ao escolher Marrakech para inspirar algumas de suas coleções – “Sem elegância no coração, não há elegância”, dizia ele. Visitar o Jardim Majorelle, uma especial de memorial a ele, é parada obrigatória.

Por fim aliviei meu coração percebendo que a alma feminina tem sim seu lugar garantido lá.

Na minha humilde opinião, existe sim uma vaidade feminina na escolha dos mantos, com suas cores, texturas, com suas bolsas combinando e sobretudo com sua pele…

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Ciça Cioffi.

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