Morar na Índia é opção mais exótica para brasileiros
Morar na Índia pode ser uma grande experiência ou um desafio para quem não estiver aberto e disposto a conhecer uma nova cultura e tradições, bem diferente da acidental. O país asiático é o segundo mais populoso do mundo e a vida caótica e agitada são destaques dos grandes centros urbanos.
Na lista dos 10 maiores PIB’s do mundo é também a terceira maior economia em Paridade de Poder de Compra (perde apenas para os Estados Unidos e a China). Ou seja, um país de extremos, onde a renda per capita chega a ser de US$ 1.262 (a do Brasil é de US$ 5.969).
Como morar na Índia
A Índia é um dos países que exigem o visto, inclusive a turistas, mesmo por um período inferior a 90 dias (como em outros casos). De acordo com a Embaixada da Índia em Brasília, localizada na SES 805, lote 24, Asa Sul, o procedimento de solicitação do visto pode ser feito a distância, sem necessidade de deslocamento. Apesar de haver um Consulado Geral da Índia em São Paulo, todo e qualquer pedido de visto deve ser feito online e a documentação enviada por correio.
Os residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul devem submeter os documentos para o endereço Avenida Paulista, 925, 7º andar – CEP 01311-100 e o telefone para contato é o (11) 3279-3773 / (11) 3279-3780. Os demais estados devem enviar os documentos para Brasília, no endereço SES 805, lote 24, Asa Sul, CEP 70452-901. O telefone para contato é o (61) 3248-4006.
Com relação às taxas dos vistos para morar na Índica vale ressaltar que as mesmas devem ser pagas via cheques, sendo eles três: um para o visto, outro para o SEDEX e o terceiro para a taxa de ICWF. Em Brasília é possível pagar em dinheiro, presencialmente, mas o valor deve ser exato.
Trabalhar na Índia
A economia indiana gira em torno de uma economia de mercado, voltada para o comércio internacional. Os principais setores são, em primeiro lugar o de serviços, em seguida o agrícola e, por último o industrial. Os principais produtos de exportação são aqueles que envolvem o petróleo, produtos têxteis e pedras preciosas. Portanto, se você é da área de relações internacional ou lida com algum destes produtos direto ou indiretamente, esta pode ser uma grande oportunidade de trabalho.
O processo do visto é relativamente simples e exige a seguinte documentação:
- Formulário preenchido, impresso e assinado
- Passaporte com validade mínima de seis meses
- 2 fotos 5×5 (idêntica a utilizada no formulário)
- Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela*
- Carta de Oferta de Emprego
- Contrato de Trabalho (em inglês)
- Certificados Educacionais e Profissionais
- Pagamento da Taxa (envio do primeiro cheque no valor de R$ 485)
- Taxa de ICWF (envio do segundo cheque no valor de R$ 10)**
- Taxa do SEDEX (envio do terceiro cheque no valor de R$ 50)
* O Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela é emitido pela Anvisa, de forma gratuita, em um posto da Vigilância Sanitário (no próprio aeroporto é possível fazer). No entando, para que seja válido é preciso tomar a vacina pelo menos 10 dias antes do embarque e, para emissão do documento, é preciso apresentar o cartão de vacina devidamente carimbado e assinado pelo responsável da saúde.
** A taxa ICWF é referente ao Fundo de Bem Estar da Comunidade Indiana.
Estudar na Índia
Destino muito buscado pelos estudantes, a Índia se tornou um centro de referência para intercambistas de todo o mundo, principalmente aqueles que buscam por uma experiência cultural em um país de baixo custo. No país é possível dedicar-se ao estudo de idiomas, voluntariados, intercâmbio estudantil e até mesmo profissional (espécie de estágio).
Os documentos necessários para solicitação do visto para estudar na Índia são:
- Formulário preenchido, impresso e assinado
- Passaporte com validade mínima de seis meses
- 2 fotos 5×5 (idêntica a utilizada no formulário)
- Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela
- Carta de Admissão acompanhada da estrutura de estudo e taxas
- Atestado Médico de Saúde (para a não objeção do Ministério da Saúde da Índia)
- Extrato bancário ou Bolsa de Estudos
- Pagamento da Taxa (envio do primeiro cheque no valor de R$ 305)
- Taxa de ICWF (envio do segundo cheque no valor de R$ 10)
- Taxa do SEDEX (envio do terceiro cheque no valor de R$ 50)
Custo de vida
Para você ter uma ideia do quanto barato é viver na capital da Índia, Nova Deli, o custo de vida comparado à São Paulo chega a ser 48% a menos. Ou seja, com a metade do dinheiro gasto na capital paulista, é possível viver com o mesmo padrão. Em Jaipur, outra grande cidade, o custo de vida chega a ser 55% mais baixo. Apesar de ser um país barato para se viver, o Censo 2014 relativo às estimativas populacionais das comunidades brasileiras no mundo contabiliza que no país há apenas 235 brasileiros.
O salário mínimo praticado no país é de 361 ₹ rúpias por dia (no mês com 20 dias úteis o total é de 7.220 ₹. Porém, de acordo com a média salarial praticada e divulgada pelo site Numbeo, profissionais qualificados chegam a ganhar entre 27.000 ₹ e 38.000 ₹.
Curiosidades sobre o país e se vale a pena emigrar pra lá
Apesar da capital ser Nova Deli, a cidade mais populosa da região é Bombaim. E acredite, o trânsito tanto de pedestre, quanto de carros, tuk tuk’s, bicicletas e até mesmo vacas são intensos. Andar pelas ruas da cidade é um desafio e tanto.
Outro ponto interessante do país é que, com a chegada da primavera há uma celebração reconhecida mundialmente: o Festival das Cores, no qual as pessoas compram pós coloridos (feitos de flores e frutas) e jogam umas nas outras.
Mas agora, se você está a espera de encontrar um país “limpo”, esqueça. O que impera na Índia além do caos, é a falta de qualidade e ação sanitária de fiscalização. Porém, relatos de quem por lá passou é de que as comidas preparadas e vendidas nas ruas chegam a ser mais saborosas do que as preparadas em restaurantes.
Sendo assim, com uma boa oferta de trabalho ou uma oportunidade de estudos, o país se mostra como um destino favorável para quem deseja morar na Índia.
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