Turistas mal educados podem ser multados e banidos de Veneza

Uma boa parte do continente europeu desfruta há décadas das benesses, principalmente econômicas, do turismo. No entanto, também há um lado menos positivo que está cada vez mais evidente. Cidades mais caóticas, sujas e com preços exorbitantes tornam-se desagradáveis para quem visita, mas principalmente para quem as habita. E, na tentativa de proteger os locais e o patrimônio, as autoridades começam a tomar medidas mais radicais e até polêmicas.

A prefeitura de Veneza, por exemplo, decidiu recentemente multar e expulsar da cidade os turistas que tenham comportamentos inadequados e que prejudiquem a ordem local. Na lista de atividades passíveis de banimento estão urinar na rua e sentar à beira dos canais. É vetado ainda saltar para a água e deitar nas escadarias que dão acesso às pontes. O regulamento precisa ainda ser aprovado pelo Conselho Municipal para entrar em vigor.

De acordo com a Agência Italiana de Notícias (ANSA Brasil), as multas previstas vão de 100€ a 300€, dependendo da gravidade da infração. Quanto maior for a ofensa ao decoro ou a perturbação da livre circulação em locais públicos, maior será o valor a pagar. Além disso, existe ainda a possibilidade de expulsão da cidade por pelo menos 48 horas. Caso o turista infrator seja novamente “fichado”, corre o risco de ter a entrada impedida no local por até seis meses.

O projeto pretende ainda limitar o consumo de bebidas alcóolicas, uma conhecida potencializadora de problemas. Se o regulamento passar pelo Conselho, passará a ser proibido a ingestão de álcool em ambientes públicos entre as 19h e as 8h.

No entanto, nem tudo é ruim para os turistas, afinal, eles também podem ser vítimas de esquemas logo à chegada. Por esse motivo, a prefeitura da cidade quer punir práticas que tenham como único objetivo lesar os recém-chegados, como diferenciação de preços e transporte não solicitado de bagagem.

Por ano, Veneza recebe cerca de 30 milhões de turistas, um número assustador e que tem preocupado os governantes. Nos últimos anos, já foram adotadas algumas medidas para controlar a enchente turística e preservar a estrutura da cidade, como taxas. A mais polêmica decisão, no entanto, não mexe no bolso dos visitantes. Foram instaladas cancelas em alguns pontos estratégicos do local para contar e limitar o acesso diário, especialmente à Ponte 1 de Maio.

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