Castelos e palácios de Sintra: Palácio Nacional da Pena

Esse lugar é demais! Ao passar pela bilheteria, a caminhada até lá é bem boa – “pernas para que te quero”: a subida é longa. Em meio a uma natureza exótica, o Parque ocupa uma área de 200 hectares ao redor do palácio, possuindo vegetação autóctone e de vários lugares do mundo, plantado e arborizado no século XIX durante o Romantismo.

Aliás, não só em relação a esse parque, mas em todos os lugares que já visitei em Portugal, diria que esse país possui uma escala ‘pantone’ de natureza, pois em cada estação do ano, as cores variam e os olhos agradecem por tanta beleza natural. Prepare a máquina fotográfica ou os celulares porque vale cada clique.

Um trecho do parque do Palácio Nacional da Pena
Foto: Roberta Ortolan
Detalhe das torres do Palácio Nacional da Pena, em Sintra
Foto: Roberta Ortolan

E a vista? Por ser uma construção desnivelada, os terraços e as passagens em volta do palácio (onde ficavam os guardas) dão a belíssima vista de Sintra inteira e, no horizonte, o mar. No local existe um café/restaurante com mesas em uma esplanada de tirar (ou recuperar) o fôlego.

Vista do café do Palácio Nacional da Pena
Foto: Roberta Ortolan

O interior é tão suntuoso quanto o lado de fora. A cozinha possui peças originais da época, o salão nobre mostra que a realeza não só tinha bom gosto como ostentava poder através das peças orientais, pratarias e ourivesaria. Todo o mobiliário, as porcelanas e os têxteis reproduzem fielmente à época, sem contar os azulejos que são o charme da arquitetura portuguesa.

Foto: Roberta Ortolan
Foto: Roberta Ortolan

Reparem na riqueza dos detalhes – as abóbadas de cada aposento são diferentes, as paredes azulejadas ou texturizadas, os móveis em madeira todos trabalhados. Uma das coisas que me chamou a atenção: a janela do Tritão que simboliza a alegoria da criação do mundo. Tudo é muito maravilhoso.

Foto: Roberta Ortolan

Um pouco da história

O palácio, como os outros, está no topo da montanha, a 500 metros de altitude. Inicialmente havia o Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e, com o terremoto de 1755, ninguém queria saber das ruínas desse mosteiro até que D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha adquire a propriedade e constrói o palacete agregado à antiga capela que também foi restaurada.

Inspirada nos palácios da Baviera, sua arquitetura orgânica e desnivelada recebe influência mourisca, gótica e manuelina com vários terraços, torres e torrinhas. Possui duas alas: a amarela é a parte do palácio e a vermelha, a da capela. O Palácio foi residência de verão da Família Real Portuguesa entre 1838 e 1910. A partir de 1920 foi transformado em casa/museu e aberto ao público com a designação de Palácio Nacional da Pena. Foi classificado como Monumento Nacional em 1910, integrado na Paisagem Cultural de Sintra e classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1995. Em 2013 passou a fazer parte da Rede de Residências Reais Europeias.

Foto: Roberta Ortolan
Foto: Roberta Ortolan

Além das visitas guiadas, no Parque da Pena é possível fazer piquenique, passeio a cavalo e de charrete. A compra dos bilhetes pode ser feita na hora ou pela internet (desconto se for adquirir os bilhetes combinados com até seis lugares de visitação nos Parques de Sintra e validade para trinta dias).

Foto: Roberta Ortolan

*Algumas informações foram retiradas do site da Câmara Municipal de Sintra, Parques de Sintra, Portugal Virtual, Patrimônio Cultural da República Portuguesa, Visit Portugal e uma imagem do National Geographic Portugal – Sapo.

 

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Roberta OrtolanSiga também blog da Roberta.

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