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Como combater o isolamento ao mudar para um novo país

Uma das minhas maiores preocupações quando decidimos nos mudar para Portugal era de ficar sozinha, de ter dificuldade para estar com pessoas e interagir. Eu gosto de gente. A minha profissão e a minha forma de trabalhar são, inclusive, fruto do meu interesse por diferentes personalidades, histórias e pontos de vista.

Mas hoje o meu trabalho é 95% online. O do meu marido é 100%.

Já passamos dos 30, não viemos por estudo ou com foco em ambientes que fariam com que interagíssemos naturalmente com outras pessoas. Não temos planos de ter filhos em breve. E como as pessoas que nós conhecíamos aqui em Portugal estavam – teoricamente – em Lisboa ou Faro, rolou esse medinho. Resultado: no planejamento da mudança, entraram estratégias para cuidar disso também.

Ajuda básica da internê

A forma como a gente usa a internet tem causado muitos problemas de saúde mental ao redor do mundo, mas, sabendo filtrar, ela é maravilhosa para conectar pessoas.

Quando a gente resolveu mudar, fui atrás de apps/redes que já conhecia, mas não usava. Como o Internations e o Meet Up. Em ambos, você cria o seu perfil, coloca os interesses e região em que está e recebe notificações quando rolar algo bacana.

O primeiro é focado exclusivamente em expatriados, o segundo é mais focado em temas de interesse e você pode ter cadastro mesmo que more no seu país de origem. Em ambos, dá pra filtrar por assunto e região e encontrar desde happy hours até clube do livro ou encontro de algum tema bem específico (como bitcoin).

Em cidades maiores, como o Porto, existem mais possibilidades, fato. Em Aveiro, só recebi notificação de 1 ou 2 meet ups sobre um assunto que não era do meu interesse, mas vale se cadastrar e ficar de olho. Eu mapeei muitos desses grupos enquanto estava no Brasil… E às vezes na cidade em que você está não rola nada, mas em alguma muito perto pode ter muita coisa bacana.

Para quem tem tempo e consegue lidar com um volume de informações grande, os grupos de Facebook podem ser uma boa fonte de contatos. Meu marido interagia bastante, desde o Brasil, em alguns e acabamos conhecendo algumas pessoas quando chegamos aqui.

E, se você for mãe, existem muitas redes focadas em mães expatriadas com grupos fortíssimos no Facebook. Não é o meu caso, mas eu tenho amigas que se mudaram para vários lugares e construíram amizades importantes por conta disso.

O Instagram também serviu de ponte entre nós e pessoas legais que seguíamos ainda do Brasil e também para nos trazer gente bacana. Como uso meu insta para fins profissionais, acabamos criando uma conta alternativa para documentar a mudança e manter as atualizações pra família e amigos que ficaram no Brasil – mas o perfil acabou trazendo muita gente legal e convites também.

O que me leva ao ponto mais importante…

É preciso mudar a mentalidade e não só o CEP

No Brasil, não éramos tão abertos a conhecer pessoas como aqui. Mas adotamos uma política de, pelo menos, dar a chance de tomar um café com as pessoas que nos abordavam com um assunto legal.

A regra era: se no offline fosse chato, a gente simplesmente não repetiria. Deu tão certo que vários cafés viraram jantares e passeios de longas horas e a gente conheceu muita gente querida por causa disso. Incluindo várias das minhas pessoas favoritas de Portugal.

Quando a coisa apertou e a gente não conseguiu achar apartamento, inclusive, várias delas se mobilizaram pra ajudar. Ofereceram abrigo, espaço pra guardar as malas, tempo para visitar apartamento enquanto estávamos em Madri e ficaram de olho em todos os anúncios que viam pelo Porto.

Outras coisas acabaram funcionando (inclusive criar grupo de moradores do prédio), mas o que fez mais diferença foi a nossa disponibilidade. A gente resolveu se abrir e ver no que ia dar.

Nem todo mundo com quem nossos caminhos se cruzam vira uma amizade incrível, isso é natural, mas a gente não viveu nenhuma experência desagradável por conta disso também.

Então, a minha dica principal pra você que mudou ou tá mudando de país e tem essa preocupação é se abrir pro mundo também. Bota a cara pra jogo e vê o que acontece!

 

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Érica MinchinSiga também o site da Érica.

 

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