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Roupa é mais barata “lá fora”?

Uma das coisas que eu mais escuto por quem está planejando uma mudança de país é “roupa é mais barata lá fora, não gaste espaço na mala com isso”. Essa é uma meia-verdade. Cuidado!

Descartar o armário inteiro para construir outro quase do zero simplesmente não é sustentável (nem individual, nem coletivamente). Isso pode te fazer gastar mais dinheiro, sim. Não só por duplicar uma compra, mas também porque pode ser muito mais caro se você não planejar bem.

“Lá fora” é um termo muito abrangente

Portugal e Espanha, mesmo que vizinhos e com algumas redes similares, têm mercados diferente. E por isso as opções, qualidade e preços médios das peças podem variar. Holanda, Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Austrália, Argentina, Canadá variam muito também. Então pense muito bem sobre qual é o seu lá fora.

Sabe como às vezes você vai numa loja em uma cidade (ou mesmo bairro, como acontece em São Paulo) e parece que nem é a mesma rede que você normalmente frequenta? As peças são diferentes, até a organização do espaço muda. Isso acontece por causa do mercado onde cada loja se encontra.

Custo-qualidade

Então, por causa das condições e da cultura de consumo de cada país ou cidade, de fato algumas roupas mais baratas serão vendidas ali, mas isso não quer dizer que o custo-benefício vai compensar.

Se a população da região tem menos condições financeiras ou costuma investir menos, isso pode fazer com que o nome da marca se mantenha ali pela presença de marca mesmo, mas os produtos sejam uma linha “D”. Mais ou menos o que acontece com as lojas dos grandes outlets que enchem os olhos de quem vai aos Estados Unidos.

O tal do perfil

Além da equação preço X qualidade, existem outros pontos que podem tornar a busca por peças que você de fato gosta muito mais difícil.

Uma delas é o perfil. Em que lojas as pessoas com o seu estilo e poder aquisitivo costumam comprar naquela região? Se elas forem minoria e comprarem em lojas muito de nicho, pode ser que sejam peças mais caras também – por exemplo, se você é todo hipster, mas tá indo para um lugar bem caretão.

Grandes são as chances do seu estilo e necessidade se adaptarem ao novo momento e espaço, mas aquilo que é a sua essência sempre deveria aparecer na sua aparência.

Tamanhos

Essa é uma dor de cabeça a parte, se você fica em algum extremo como baixinha e esguia ou grande e mais curvilínea.

É muito comum pegar uma etiqueta em grandes redes de departamento e descobrir que um tamanho “L” em Portugal e na Espanha é, na verdade, “M” nos Estados Unidos. Se a população do país for muito mais alta e grande, pode ser ainda mais difícil encontrar peças na linha petit.

E apesar do ideal ser ajustar tudo aquilo que você compra, o Brasil ainda é um dos poucos lugares em que mandar arrumar uma peça é relativamente fácil e barato. Em alguns outros países é quase impossível encontrar esse tipo de serviço e o custo é bem mais elevado.

A grama do vizinho não é sempre mais verde

Eu sei que a gente tem essa cultura de achar que tudo no Brasil é pior de alguma forma, mas isso não é verdade.

Se você tá procurando sapato, por exemplo, o mercado brasileiro é infinitamente melhor do que muitos países ou até oferece qualidade igual a de centros tradicionais.

Tem que garimpar? Sim! Mas em termos de custo x qualidade-conforto, os sapatos brasileiros valem muito a pena. Sem contar a questão do design, mais moderno e variado.

E isso não vale só para calçados de passeio. Eu mesma já comprei tênis no Brasil antes de uma viagem para os Estados Unidos (2016) e antes da minha mudança para Portugal (2018) porque o modelo que eu usava estava mais barato.

Roupa de praia e jeans também podem ser bem legais de se comprar no Brasil. Tudo depende da marca. Quando as pessoas dizem que lá fora é mais barato, é importante considerar a quais lojas elas se referem.

Muita gente fala de uma rede bem barata que se espalhou como praga por grandes centros (e chegou recentemente ao Brasil), mas as roupas são pouco duráveis- além de inadequadas tanto para o frio extremo, quanto para o calorão. Sai caro, porque você acaba pagando por uma peça “C” o mesmo que pagaria em uma peça “B” no Brasil – com a diferença que ela vai se autodestriur e te forçar a comprar mais umas 3, custando mais do que uma peça “A”.

Em resumo

De fato, uma boa limpa antes da mudança faz toda a diferença – desde que seja feita com critério. O ideal é tirar aquilo que tá mesmo sobrando na sua vida ou que já está bem desgastado. Se você gosta e usa uma peça e ela vai ser útil pelos próximos seis meses da sua vida nova, pelo menos, mantenha.

Depois de tirar as coisas do armário, faça uma lista daquelas coisas que você tem certeza que vai precisar. Pesquise também o que será necessário nesse novo país que você não tem ainda e o custo médio dessas coisas.

Eu sei! Você já tá fazendo milhares de pesquisas de documentação, casa, cultura, idioma e tudo o que você quer é ver uma série ou ler um livro. Mas vai compensar. É possível que você descubra que só vai valer a pena mesmo comprar roupas de frio em condições mais extremas, que não participam da nossa realidade no Brasil – como a neve, por exemplo.

Na pior das hipóteses, seu armário vai ficar muito mais legal, você vai ter menos uma coisa para se preocupar na adaptação e ainda vai te sobrar uma grana para gastar com o que realmente interessa: passeios!

 

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Érica MinchinSiga também o site da Érica.

 

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