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Salar de Uyuni, na Bolívia: quando ir e mais dicas do deserto

Em torno de uma hora depois de ter saído da cidade de Uyuni estávamos na estrada e ao longe já dava pra visualizar a imagem de montanhas que se desdobravam no chão: era o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo (12 mil metros quadrados de extensão) que no período das chuvas forma uma fina camada de água no solo refletindo todo céu, montanhas e objetos. Você não consegue identificar o horizonte, onde termina o chão e onde começa o céu. A paisagem mais incrível que já vi!

Pacotes e roteiros para o Salar de Uyuni

Salar de Uyuni
Foto: Luca Galuzzi

Quando se fecha um passeio ao Salar há possibilidade de passeios de 1 a 4 dias, e quanto mais tempo na estrada mais atrações e aventuras encontrará nela. Eu e o grupo com o qual viajei optamos pelo mais comum entre mochileiros: 3 dias no deserto boliviano (por cerca de 595 reais, incluso transporte com guia fixo, hospedagens, refeições e passeios). Para realizar esse ou quaisquer outros passeios é possível contratar diferentes pacotes em diversas cidades próximas a Uyuni (como La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, Sucre, Potosi). O que diferencia cada pacote são os valores de acordo com as distâncias de cada cidade, atrações e também cidade de partida e chegada (já que você pode “decidir” por cidades diferentes para facilitar o deslocamento em seu roteiro). Quando fiz esse roteiro, em 2012, vim desde Cochabamba, passando por Sucre e Potosi e apenas fechei passeio ao Salar na cidade de Uyuni (na época notamos que assim sairia mais em conta), combinando previamente com a agência que ao final dos três dias de passeio me deixaria na fronteira com o Chile, a fim de seguir o roteiro por San Pedro de Atacama.

Quando visitei o Salar de Uyuni viajei em um grupo de muitas pessoas e então nos dividimos em jeeps com instrutor/motorista + 6 passageiros cada. Antes de entrar definitivamente no salar demos uma rápida parada em uma vila próxima onde existem pequenas lojinhas de artesanato (alguns feitos a partir do sal extraído de lá mesmo).
Visitamos um dos diversos Hotéis de Sal que existem na região – onde você pode também se hospedar e ter o privilégio de ver o sol se pôr e nascer na imensidão branca, desde que reservando com antecedência. Pouco depois almoçamos por ali mesmo, ao ar livre. Nossas refeições eram preparadas pelo nosso guia que também nos contava um pouco da história de cada lugar que visitávamos, colocava e tirava nossas cargueiras do topo do jeep e nos conduzia as hospedagens no deserto.

Salar de Uyuni
Foto: Pedro Szekely

Quando ir: melhor época para visitar o Salar

O ideal seria visitar o Salar fora do período de chuvas, que vai de dezembro a março, mas também por esse motivo esse período se trata de alta temporada o que torna necessária a reserva do passeio com antecedência e maiores gastos.

No inverno o salar está bem seco e por isso algumas figuras geométricas se formam no sal. Já no verão, o período de chuvas, há risco de não haver liberação para o passeio – para a própria segurança dos visitantes – (como quase aconteceu comigo, que fui em janeiro) ou realizar o passeio no salar sem passar por alguma atração (o que de fato aconteceu comigo que não pude visitar a ‘Ilha do Pescado’ por conta do alagamento da região), mas em compensação, pude ver o salar “alagado”, quando o deserto branco fica coberto por uma fina camada de água, algo bem parecido com um espelho que reflete o céu, lindo!

Temperatura no local

O inverno em Uyuni é rigoroso, no verão as temperaturas melhoram chegando a fazer calor em alguns momentos do dia. A temperatura média anual na cidade é de -6ºC; no inverno as médias estão em torno de -12ºC e, no verão, de 1ºC. Essas médias tão baixas podem assustar um pouco, mas na prática não há nada de absurdo e acrescento que, durante o dia, faz calor. Sugiro viajar com roupas de frio, que protejam do vento, mas estar com roupas frescas por baixo sempre. Assim, vestido em camadas, vai estar sempre pronto para as variações de temperatura do deserto.

Outras atrações do deserto boliviano

Difícil foi querer sair do Salar de Uyuni, mas era inevitável. Próxima parada: cemitério de trens. Pegamos muita chuva no caminho para a hospedagem e só chegamos lá bem tarde. O lugar era bem simples mas bem ajeitado, o chão de cimento com um pouco de areia bem fina por cima. Nos dividimos em dois quartos com três camas pequenas com colchões d’água e uma mesinha. Na manhã seguinte, bem cedo, eu e os dois amigos que dividiram quarto comigo acordamos para ver o sol nascer no deserto. Tomamos café da manhã e então seguimos para o próximo destino: Valle de Las Rocas (de um visual incrível).

Em seguida visitamos as Lagunas Honda e Laguna Hedionda. Passamos também pelo Deserto de Siloli, onde se encontram enormes formações rochosas esculpidas pelo vento que poderíamos subir para visualizar todo deserto. Dentre estas pedras, destaca-se o conhecido “Arbol de Piedra” assim chamado devido seu formato parecer o de uma árvore.

Próxima parada: Laguna Colorada. E é bem próxima a sua entrada que existe um posto de validação do ingresso para visitação da Laguna. O ingresso custa 150 bs (cerca de 80 reais) e é comprado ali mesmo, no meio do deserto. A poucos metros da Laguna Colorada ficava nossa próxima hospedagem. Grandes blocos de cimento formavam a maioria das camas, outras poucas eram comuns, feitas de metal, mas em todas as camas e quartos era unânime a umidade.

Nos hospedamos a tarde e ainda estava bastante claro, encontramos uma casinha próxima que vendia cerveja (sim, no deserto!), que mesmo exposta em estantes sem nenhum resfriamento estavam geladas!

Às 19h a maioria dos hóspedes faziam fila de espera pra recarregar câmeras e celulares – anteriormente fomos informados que lá só existe energia elétrica das 19h as 22h pois a mesma é fornecida por gerador. As 5h da manhã já estávamos de pé, prontos para partir. O primeiro destino do dia foram os gêiseres Solar de Mañana (um conjunto de poços líquido fervente com enomes colunas de fumaça), que só podem ser vistos bem pela manhã. Estávamos a mais de 5000 m de altura e uma amiga passou mal por conta da altitude, porém rapidamente tomou comprimido de soroche (específico para combater o chamado “mal da altitude” e encontrado em quaisquer farmácias pelo país) e foi levada pelo o guia de jeep para uma área mais baixa. Em poucos minutos ela já estava melhor.Passamos alguns minutos nas deliciosas águas termais (quase 0º fora e 40º dentro).

Conhecemos também o deserto de Dali (lugar no deserto boliviano onde supostamente Salvador Dalí se inspirou para pintar o seu famoso quadro – “A persistência da memória”) e a Laguna Verde, onde se pode ver o Vulcão Licancabur. Fim do roteiro, fomos então deixados no meio do nada. E por incrível que pareça nesse “nada” havia um posto de migração (que mais parecia uma velha mercearia) e diversos outros estrangeiros a espera do carimbo no passaporte e transporte para o Chile, afinal era ali uma fronteira entre os dois países.

Esperamos algum tempo e logo estávamos nós viajando novamente, do frio dos desertos bolivianos para o calor chileno.

 

Texto adaptado do original (de mesma autoria) em O Mundo na Mochila.

 

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