Machu Picchu: melhor época para visitar e outras curiosidades

Considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, Machu Picchu é sem dúvida um dos destinos mais desejados entre viajantes de todo mundo e destino obrigatório para quaisquer mochileiros. A história e misticidade que envolve esse lugar mexe com a imaginação e emoção de todos que a visitam, e inclusive dos que ainda sonham visitar.

Eu diria que a emoção começa antes mesmo de chegarmos lá – e não sei se digo isso por conta da forma pouco mais alternativa como fui, mas a superação e vivência de cada trecho trouxeram as emoções de toda experiência ainda mais a flor da pele.

A vontade depois de uma longa caminhada guiada é parar, meditar e perder algumas horas respirando fundo e sentindo ainda mais o ambiente.

Machu Picchu

 

Machu Picchu: A história do monumento

Com o título de Patrimônio Mundial da Unesco, Machu Picchu (que significa “velha montanha”) é definida pela entidade como “o legado tangível mais significativo da civilização inca” e é certamente um dos principais sítios arqueológicos do mundo.

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Construções de Machu Picchu

A “velha montanha” foi construída no século XV pelo líder Pachacuti, próxima ao centro do império Inca, em Cusco, e evacuada após a chegada de conquistadores espanhóis ao Peru. Porém, apenas em 1911, após relatos do arqueólogo americano Hiram Bingham foi que a “cidade perdida dos incas” tomou conhecimento público e mundial. Hoje o que visitamos é 30% do que um dia foi a cidade.

Em Machu Picchu foram construídas pirâmides em degraus, templos, calendários solares e algumas outras construções em pedra (que os incas acreditavam ser um material carregado de energia). Criavam também animais como a alpaca e lhama, que faziam parte da base econômica do povo quíchua através da extração de lã, para transporte de cargas e alimentação da população.

Melhor época para visitar Machu Picchu

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Relógio do sol

A maioria das pessoas e/ou artigos sobre Machu Picchu dirão que não se deve ir para lá em hipótese alguma no verão, pois se trata de um período de muita chuva naquela região. Não sei se sou apenas uma exceção à regra, mas visitei Machu Picchu no dia 16 de janeiro de 2012 (pois é, nunca mais esqueci a data) e não só lá como durante todos os 22 dias de mochilão não houve chuva. Minha visita a cidade inca foi extremamente tranquila, porém, na dúvida, sugiro que se puder escolher uma data, não escolha os meses de janeiro, fevereiro e março.

A melhor época para se visitar é entre os meses de maio e setembro, período de inverno em que há sol, especialmente a semana do dia 24 de junho quando ocorre a Festa Inti Raymi – ou “Festa do Sol”, a maior e mais importante festa religiosa realizada nos dias do Império Tawantinsuyu para homenagear o Deus Sol -, em Cusco.

Como chegar em Machu Picchu e quanto custa

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Vista de Machu Picchu para a ponte que dá acesso a Aguas Calientes

Existem diversas formas de se chegar a Machu Picchu e isso você só descobre de fato após chegar em Cusco. O que a princípio parece ser tarefa simples (afinal estamos falando de um dos mais visitados monumentos do mundo) se revela tarefa árdua e/ou cara de acordo com a maneira que você optar para chegar lá. Creio que as melhores e mais econômicas opções sejam a princípio aquelas em que se faz as reservas pessoalmente com as agências em Cusco, porque lhe garante os melhores preços, negociações e liberdade para decidir o dia em que irá.

A cidade mais próxima de Machu Picchu é Cusco, porém não existem vôos diretos para lá, sendo necessário, portanto ir a Lima (capital do Peru) e de lá pegar avião ou ônibus para Cusco. Após Cusco a próxima parada é Aguas Calientes – vilarejo de onde se é possível subir a Machu Picchu de van (12 dólares o trecho) ou a pé e de graça encarando quase 2 mil degraus de subida e/ou descida), e é para chegar em Aguas Calientes que existem diferentes caminhos.

  1. Van + Trem: Ida de Cusco a Ollantaytambo de ônibus/van (por 1h30), passagem de trem que sai de Ollantaytambo a Aguas Calientes (por 2h, diferentes valores e classes de embarque), dormir em Aguas Calientes e visitar Machu Picchu no dia seguinte. De 1 a 2 dias, por cerca de 250 dólares.
  2. Van + trekking curto: Ida de van de Cusco a Hidrelétrica de Santa Teresa (por 7h), caminhar de 3 a 4 horas pelos trilhos do trem até Aguas Calientes., dormir em Aguas Calientes e visitar Machu Picchu no dia seguinte. De 1 a 2 dias, por cerca de 150 dólares.
  3. Trilha Inca: trilha de 4 dias e 3 noites que deve ser reservada com meses de antecedência com agência. Preços variam de 800 a 1000 dólares.
  4. Trilha Salkantay: trilha de 5 dias e 4 noites que pode ser reservada até um dia antes da partida. Preços variam de 300 a 600 dólares.

Todas essas opções (e valores) fechadas pessoalmente com agências em Cusco incluem pelo menos uma ou duas refeições, uma noite de hospedagem em Aguas Calientes, guia e ingresso de entrada para Machu Picchu (que separadamente custa 62 dólares e só pode ser adquirido em Cusco, Aguas Calientes ou através do site oficial). Você pode ainda ir até Aguas Calientes sem amparo de agências ou até com carro próprio, mas o caminho é absolutamente perigoso e creio que não seja prudente se aventurar sem conhecer bem a região.

Quando fui optei pela opção 2 que nos custou 110 dólares cada na época, pois fechamos uma van com 13 pessoas, portanto, vários fatores podem influenciar na negociação. Ainda assim foi um percurso extremamente cansativo e cheio de imprevistos e, hoje em dia, eu ficaria com a opção 1.

Não esqueça de levar seu passaporte ou RG, tênis para caminhada (pois ainda que opte pelo trajeto com menos caminhada a própria cidade inca é construída com degraus enormes e alguns labirintos a desvendar), roupas leves, protetor solar, óculos de sol e água.

Dicas anotadas, rota escolhida, passeio fechado? Então respire fundo, está prestes a viver grandes aventuras e emoções!

 

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