“Não pensamos por que deveríamos mudar do Brasil e sim por que deveríamos ficar”
Primeiramente: oi! Essa é a primeira vez que vocês vão ler sobre mim por aqui, porém, creio que não será a última.
Meu nome é Isis, sou fotógrafa, 26, casada com Felipe, programador, 25, somos pais do peludo mais fofo que você verá hoje: Fred, serelepe, 3. Pensei a tarde toda sobre o que eu poderia falar pra vocês neste primeiro texto até que me pareceu óbvio: mudar de país, saída de emergência da sua zona de conforto.
Por que ficar?
Há exatamente um ano eu e o Fe resolvemos mudar do Brasil. Motivo? Ele é filho de português e nessa época os tios dele tinham acabado de fazer uma viagem até as terras lusitanas e aí vem o gancho, não pensamos por que deveríamos mudar, e sim, por que deveríamos ficar? Tudo bem, naquela altura morávamos em um bom bairro de São Paulo, tínhamos nosso carro, estávamos no apartamento dos nossos sonhos (que apesar de não ser próprio ainda assim era exatamente o que queríamos) e estávamos mergulhados em nossa zona de conforto.
O Felipe estava prestes a começar a trabalhar de home office por uma proposta da empresa que ele trabalhava na época. Eu, como sempre (em breve falo mais sobre esse lado), estava desenvolvendo um projeto novo que só daria resultados após, pelo menos, o primeiro ano. Enfim, olhamos um para o outro e foi quase simultâneo o pensamento de: você toparia mudar?
Saindo de São Paulo
E naquele momento o sentimento de euforia e pânico já tomou conta de nós! É claro, São Paulo não era o lugar perfeito pra se viver, o apartamento que vivíamos nem mesmo era nosso, mas era uma vida que nós amávamos e abrir mão dela do dia pra noite não foi tão fácil quanto imaginamos. Vendemos tudo que tínhamos em casa em 4 horas, publicamos tudo em grupos de desapego do facebook e nosso “garage sale” foi um sucesso assustador! Recebemos mais de 200 mensagens e cerca de 500 comentários em nossas publicações. Levamos 5 horas madrugada a dentro para responder todo mundo.
Estava feito, não tínhamos mais volta, a partir dali era organizar tudo, respirar fundo e ir! Em meio a isso tudo eu criei um projeto onde pudesse me ajudar a fixar todas as novas informações, a ansiedade, as frustrações e principalmente, onde eu pudesse focar minhas energias para esse novo recomeço. Abri um canal no Youtube e comecei a dividir tudo por lá, apesar do trabalho que dá manter um canal sempre atualizado devo confessar que me ajudou muito! Era muito bom saber que todas as emoções malucas que eu estava sentindo não eram só minhas e que eu poderia conhecer muita gente nova afim de ter novos amigos após esse recomeço assim como eu.
Ah! Quase me esqueci de um pequeno “detalhe”, um detalhe peludo, caramelo, com quase 10 quilos, um focinho molhado e uma bolinha sempre por perto: nosso pequeno Fred. Foi um super desgaste emocional todo processo, mas isso já é assunto pra outro post.
Conto pra você na próxima. Prazer em conhecê-lo e eu te vejo no próximo texto ☺
Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Isis Zimmerman.
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