Da Itália a Portugal

Finalmente eu e o Gui (meu namorado e companheiro de aventuras) nos mudamos! Algumas pessoas não sabiam da nossa decisão, mas, cá está: resolvemos migrar da Itália a Portugal. O motivo principal foi a minha aprovação no mestrado em Porto, mas estávamos acompanhando o país muito antes de o resultado ser publicado: parecia que o universo estava conspirando para nossa mudança com notícias diárias de “como Portugal é ótimo para se morar”, “como Portugal vive uma boa época para empregos”, etc.

Agora escrevo de um apartamento confortável em Porto, a cidade que conquistou nossos corações logo de cara. Mas para chegar aqui foi preciso muito planejamento e disposição: vou contar detalhadamente nossa trajetória e os aprendizados valiosos que tiramos!

O primeiro passo de uma mudança é a arrumação: ainda mais se você vai se mudar para outro país. Colocar, pela segunda vez em um ano, toda nossa vida em uma mala de rodinhas foi bem chato, confesso. Tive que me desfazer de algumas peças de roupa e deixar para trás produtos que ainda não chegaram ao fim, como shampoo e cremes. Tudo isso pensando em: como vou levar essa mala de um lado para o outro sem me matar? Aí começa a fazer sentido aquela história de “leve somente o essencial” – é um exercício libertador pensar na utilidade das coisas: será que isso é mesmo necessário ou só vai acrescentar peso?

Malas prontas, fomos para o aeroporto. Claro que se você dispõe de carro, a vida fica mais fácil, mas se depende unicamente de transporte público, o planejamento tem que ser ainda mais preciso. Saímos de Lonigo (nossa casa na Itália) as seis da manhã, sob neblina e chuvisco, com mala e cuia. Pegamos um ônibus, depois um trem e mais outro ônibus, até chegar no aeroporto de Malpensa, em Milão, meio dia. Nosso voo estava previsto para as seis da tarde, mas atrasou uma hora (imagina o tédio)… Mas este voo merece um tópico especial, por isso, vamos a ele!

Chegou a hora de embarcar! Compramos nossa passagem aérea quinze dias antes e encontramos preços muito bons – para voos com conexão de DEZ HORAS. O primeiro pensamento que tivemos foi: vamos economizar aqui para futuros gastos iniciais com a mudança. De antemão aviso: não é uma boa ideia! A não ser que você precise realmente fazer cortes no orçamento. A nossa conexão infinita no aeroporto de Madrid rendeu boas dores nas costas, pescoço, pernas, braços… E como era madrugada, não conseguimos sair para aproveitar a cidade. O ideal é comprar passagens com antecedência, para encontrar bons preços. Afinal, qualidade de vida e tempo são preciosos! 

Exaustos e descabelados, chegamos em Porto. Para nossa surpresa, o metro (métro, como eles dizem) é muito eficaz, bem como os ônibus (autocarros). Fomos direto para nossa nova casinha, que foi alugada previamente lá da Itália, pela plataforma Uniplaces. Logo no primeiro dia comemos 4 pastéis de nata cada um, muitos cafés e bacalhau. Alimentar a alma é essencial.

E aqui estamos, curtindo o outono em Porto, uma cidade grande com gosto de pequena. Tudo por aqui nos encanta: as cores, o sotaque, as pessoas, a gastronomia, as ruas, os cheiros. Claro que ainda vamos descobrir falhas nessa magia toda, mas por enquanto, fica aqui o relato de uma “miúda” muito apaixonada.

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Melissa Costa. Acompanhe também o blog Fifty-Fifty.

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