Descobrindo as belezas do Vale do Douro
Continuando a jornada dos posts anteriores, depois de Porto, chegamos ao Pena Park Hotel. Aqui foram dois dias intensos de visitação no Douro. O primeiro destino foi uma das 27 quintas que pertencem a Symington Family Estates, um dos maiores produtores de vinho de Portugal.
Mas, até chegar na quinta, o percurso pela estradinha sinuosa no Vale do Douro é de perder a respiração, pois sua beleza e encantamento naturais enchem os olhos. Ao nos depararmos com o Rio Douro que corta a paisagem infinita de vinhas e oliveiras, há uma paleta variada em tons verdes e, agora no outono, a minha estação preferida, amarelos, laranjas e vermelhos.
O encantador Vale do Douro
Nas encostas em Socalcos do Vale, são cultivadas as uvas que produzem o famoso vinho do Porto e do Douro. Essa paisagem foi classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 14 de dezembro de 2001 e pode ser apreciada tanto pela estrada (como nós fizemos) como também de barco (muitas agências de turismo oferecem vários tipos de pacotes que incluem degustação de vinho e almoços a bordo, por exemplo) ou de trem. Partindo do Porto, as opções são variadas.
O Vale possui 5 miradouros que são de cair o queixo e a parada é obrigatória para apreciar a vista deslumbrante da região: São Leonardo da Galafura, Quinta do Noval, Casal de Loivos, São Salvador do Mundo e Quinta do Vale Meão.
O Rio Douro é o terceiro maior da península Ibérica com 897 quilômetros de extensão e irriga as videiras às suas encostas íngremes. Nasce na Espanha, atravessa o norte de Portugal e termina na Foz do Douro, que fica no Porto e Vila Nova de Gaia.
Até o final do século XIX, o rio era a via de transporte que ligava a cidade ao interior e os barcos rabelos eram as únicas embarcações que levavam as pipas de vinhos das quintas até à foz, transpondo todos os obstáculos naturais. Um ponto interessante é que, a bordo do rabelo, as pipas de vinhos nunca viajavam completamente cheias pois poderiam flutuar caso algum acidente acontecesse.
Pinhão e Peso da Régua
Os pontos que os turistas mais frequentam na região duriense é Pinhão e Peso da Régua, principalmente porque a estrada nacional 222, que liga as duas cidades, tem uma vista maravilhosa. Os 25 km da rodovia são literalmente às margens do Rio Douro.
Na Régua é possível visitar o Museu do Douro que conta sempre com mais de duas exposições, uma temporária e outra permanente. Neste momento, a temporária conta a história da linha férrea que foi desativada.
A permanente é sobre a história da viticultura e enologia em ordem cronológica (incluindo as ferramentas, vestimentas, maquinários e equipamentos de laboratório utilizados antigamente), a história dos barcos rabelos, documentos (como mapas e diários de bordo), a produção de vinho do Porto (incluindo uma parede interativa em que o visitante pode sentir todos os aromas identificados no vinho).
O Museu do Douro tem dois horários de funcionamento:
- Todos os dias, durante o verão: de 1 de março a 31 de outubro – das 10h às 18h;
- Inverno: de 1 de novembro até 28 de fevereiro – das 10h às 17h30;
- Fechado em 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.
Quem tem carteira de estudante paga meia entrada, sem direito à degustação de vinho no final da visita. Já a entrada inteira inclui a degustação na esplanada.
No Pinhão, a estação de trem possui azulejos antigos dedicados à cultura da vinha. Para quem vai de carro, dá para explorar mais a região visitando as cidades aos arredores do Douro que abrange os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda. Sem contar os restaurantes com comidas típicas artesanais que são fartas e muito saborosas.
As quintas visitadas no Vale do Rio Douro foram as seguintes:
- Quinta do Bomfim, da Symington Family Estates, está situada em Pinhão. Super infraestrutura e os guias de enoturismo são extremamente simpáticos.
- Quinta do Vallado, situa-se em Peso da Régua, às margens do Rio Corgo, afluente do Rio Douro, e foi construída em 1716. Possui um wine hotel muito aconchegante e de bom gosto.
- Quinta da Foz, também situada em Pinhão e possui, na minha opinião, o melhor vinho do Porto branco, meio seco. Excelente equipe e o almoço harmonizado foi incrível.
- Quinta do Seixo, da Sandman. Além de poder escolher entre os seis tipos de degustação de Porto, há a possibilidade de realizar um piquenique ao ar livre entre as vinhas.
Para fazer visitação nas diversas quintas do Douro, é preciso marcar com antecedência, pois o enoturismo pode ser feito em outras línguas, além do português, em horários específicos.
Próxima parada: Dão!
*Algumas informações foram pesquisadas no site do Instituto da Vinha e do Vinho e Visitar Porto.
Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Roberta Ortolan. Siga também blog da Roberta.
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