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Madrid: cidade pra conhecer a pé e até com pouco dinheiro

Esta história começa no site da Ryanair: uma das formas mais baratas de viajar pela Europa. Como ia ficar hospedada na casa de uma amiga, pude escolher os horários mais baratos, sem me preocupar com uma noite a mais ou a menos em hostel. As passagens ficaram por 40 , ida e volta. Chegada no terminal 2 do Aeroporto de Madrid-Barajas, que tem conexão direta com o metrô de Madrid (um detalhe que facilita a vida, dado alguns terminais que as companhias low cost operam serem mais afastados do centro).

O bilhete do metrô do aeroporto até a estação mais próxima do hostel custou 4,50 . Parece meio salgado, mas sai mais barato que táxi (em torno dos 30 euros) e foi uma das únicas vezes que andei de transporte público na viagem. Do aeroporto até o centro, de metrô, demora em torno de 35 min.

imageEu disse acima que fiquei em um hostel, na verdade foram dois, pois das quatro noites que fiquei na cidade, a de sábado me dificultou a vida com uma superlotação e tive que ficar em outro lugar. A amiga que havia me convidado teve que viajar de última hora, então mudei o plano de viagem para aqueles que você só pode fazer sozinho ou com um amigo muito desencanado: o de andar por ruas nem sempre destacadas como pontos turísticos da cidade, parar para observar como as pessoas se comportam, se vestem e são naquele lugar, comer naquele restaurante pequeno, descobrir se há algum evento rolando durante a estadia na cidade e por aí vai.

O hostel foi uma pechincha que consegui vasculhando o Hostel World: 10 euros a noite no Room 007 e 16,50 euros a noite no Hostel La Posada de Huertas, este com café da manhã incluso. Como eram quatro noites, foram mais 46,50 gastos na viagem.

CHUECA

Sem saber, eu fui parar num bairro gay super badalado. O que me fez ficar na Calle (rua, em espanhol) Hortalenza foi o fato de ter encontrado um hostel que parecia bom, barato e muito bem localizado na cidade. E foi isso mesmo. O cenário era mais ou menos o seguinte: 1h da manhã, feriado e mesmo assim encontrei inúmeros restaurantes – mexicano, japonês, espanhol mesmo e mercadinhos “chinocas” – e bares abertos por todo o lado, além de muita gente na rua.

Ali encontrei de tudo, mas já pelas 2 am fui direto para o Mc Donald’s aberto 24h mais perto, na Gran Vía.

MUSEUS

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Madrid é conhecida pela tríade de museus formada pelo Prado, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza (fui e voltei de lá sem saber pronunciar o último nome). Eu preferi incluir outras exposições que achei interessante e deixei o de nome complicado de lado, mas fui ao Caixa Forum ver a exposição “Genesis”, do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e a de 25 anos da Pixar 🙂 Também passei pela Fundacíon Telefónica pra ver o que estava exposto lá: “TecnoRevolución: la era de las tecnologías convergentes”, “Instagramers Gallery Madrid” e “Historia de las Telecomunicaciones”.

Eu queria muito ter ido à exposição sobre George Méliès, na Fundação Canal, mas perdi o papel onde tinha anotado as informações e nunca mais achei onde e até quando poderia visitar.

Das obras mais famosas que vi está “Guernica”, do Picasso, que fica no Museu Reina Sofia. No Museu do Prado vi o “O Jardim das Delícias” e outras obras do Bosch, algumas do Goya, Caravaggio e a principal pra mim, “As Meninas”, de Velázquez.

Passei nas lojinhas de todos os museus que visitei. Em geral, com 1 €  você compra no máximo um cartão postal. Os lápis, caderninhos, imãs e outros souvenirs com temas das obras expostas costumam ser mais caros, vale a pena apenas se você realmente é fã do artista ou se vai levar de presente para alguém.

Todas as entradas foram gratuitas, exceto no Caixa Forum, que o bilhete para as duas exposições custou 4 €.

Já viu a cotação do Euro hoje?

PARQUE DE EL RETIRO

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Na tarde de domingo, já bem cansada de tanta caminhada, eu resolvi encerrar meu dia num dos pontos mais bonitos da viagem. O Parque de El Retiro fica bem próximo à zona dos museus e, ainda mais com o sol que estava em Madrid, havia muitas famílias, casais andando de barquinho, jovens tomando sol – uns mais habilidosos andavam de patins –  e crianças pra todo lado.

Uma graça e é nele que fica o famoso Palácio de Cristal.

 

 

FEIRA DE EL RASTRO

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É uma das feiras mais tradicionais da Europa e acontece desde o século XVI. Li a respeito antes de começar a viagem e fiquei interessada em conhecer. Acontece aos domingos, das 9h às 15h, e se você ainda não tiver comprado uma lembrancinha da viagem, ali pode encontrar uma boa opção. Eu vi desde roupas e sapatos usados a carteiras de couro artesanal, renda feita na França, embalada na Itália e vendida na Espanha (globalização, gente!). De tudo mesmo. Como podem ver na foto do início, sim, eles aceitam tarjeta (cartão, em espanhol).

Foi ali que ouvi a mesma recomendação por diversas vezes: “fique atenta a sua bolsa”. Conselho mais sábio impossível quando se trata de um local repleto de turistas e onde há sempre os espertinhos de olho para cometerem furto aos mais distraídos.


COMIDA

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Conhecer o que as pessoas comem é conhecer boa parte delas. Tirando uns hamburgueres do Mc Donald’s que me supriram de nutrientes e gorduras nada desejáveis para o verão europeu que se aproxima, é claro que tinha de experimentar a comida local. Eu dispensei a paella, mas não deixei de provar as tapas, mais diversas impossíveis, e os churros com chocolate.

As tapas consumi no Mercado de San Miguel, parada obrigatória no roteiro. Você pode até sair de lá sem consumir nenhum Jamózinho (presunto) que seja, mas vale sim explorar as cores e cheiros das mais diversas especialidades que eles têm no local.

As demais refeições fiz no hostel mesmo ou me alimentei dos lanchinhos que comprei no Carrefour e no mercadinho chinês que tinha na rua do meu hostel. Lá no Room 007 tinha até uma free food, que depois colaborei deixando o que sobrou do meu pão de forma que me alimentou em boa parte da viagem.

Os churros comi num café localizado na Plaza Mayor. Por 3,50 você tem uma porção com quatro churros e uma xícara de chocolate quente.

restaurante mais antigo do mundo

Mesmo que você não fique para almoçar, vale passar em frente ao Restaurante Botin, o restaurante mais antigo do mundo. O local apresenta a decoração de 1725, seu ano de fundação. As miniaturas dos interiores são uma graça e ficam na entrada. Vale uma foto.

Eu não consumi nada lá, mas o 9º andar do El Corte Inglés localizado perto da Gran Vía tem um espaço gourmet muito agradável e com uma ótima vista do alto da cidade.

MAIS

Há muita coisa em Madrid. Quem vai à capital espanhola não pode deixar de explorar as ruas de comércio perto da praça Porto del Sol e da Gran Vía (sugiro a Calle Fuencarral, ali pertinho),caminhar pelo arborizado Passeo del Prado, passar pelo estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid (o tour custa 19 €). Saindo do Parque de El Retiro você encontra a Puerta de Alcalá.  E uma das coisas mais bonitas da cidade, o Palácio Real vale a visita e os 5 € (preço para estudante, a inteira é 10 €).

RESUMINHO DA VIAGEM

tempo: 3 dias, 4 noites

hostel que indico: Room 007

dinhEUROS gastos: 104,50 € (voos + transporte público + hospedagem)

palavra mais ouvida na viagem: “vale/bale” (uma espécie de Ok espanhol)

km que camelei pela cidade: 16.140

kilos perdidos: nenhum, comi muitas vezes no Mc Donald’s 🙁

+ FOTOS da viagem em Não Troco Likes 🙂

 

Este conteúdo é de responsabilidade do autor da coluna Coisas de Nataly, que atualmente vive na Europa, e foi publicado originalmente no blog Escrevi pra não esquecer

 

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