3 perguntas que você deve responder antes de arrumar suas malas de mudança

Com tanta burocracia que a mudança de país envolve, muita gente acaba deixando a mala para a última hora e se arrependendo depois.

Eu sei. Entre o decidir e o partir rola todo um processo exaustivo, que envolve muito planejamento. Entender o que sustentará a mudança, procurar lugar para estudar/trabalhar, morar, cuidar da documentação necessária, fazer aquele plano financeiro básico para aguentar o tranco dos primeiros meses, dar fim para tudo que não vai contigo e ainda pensar em algumas festas de despedida pra segurar as saudades… Só de listar isso tudo eu já fico exausta e com preguiça de pensar na mala.

A boa notícia é que, se você responder a essas três coisas, fica muito mais fácil cuidar da sua mala – seja para uma mudança temporária ou permanente.

Como você quer se sentir?

A primeira coisa em que você tem que pensar é no que te motivou a dar esse passo. Como você quer se sentir? Sim, existem algumas questões práticas, mas essa eu considero a mais importante porque ninguém resolve levar mala e cuia pro outro lado do mundo à toa.

Quando você tem ideia das suas motivações e dos seus objetivos principais, fica mais fácil passar aquele filtro no armário. Se você está mudando porque procura mais liberdade e mobilidade entre países, não faz sentido levar 4 vestidos de gala ou 3 ternos. Se você busca um recomeço em uma área de trabalho diferente, pode não fazer sentido levar as roupas que usa para trabalhar aqui…

Se quer se reinventar, pra que levar aquela peça que te acompanha há tantos anos e já ficou desgastada?

Como é a cultura?

Parece bobo, mas eu conheço muita gente que mudou de país sem pensar nesse pequeno detalhe. Rola toda uma pesquisa sobre o clima, uma lista de roupas de frio ou calor – e algumas pessoas até compram uma série de coisas antes de viajar.

Mas quase ninguém considera a cultura.

Com essa história de globalização, internet e todo mundo parecer meio igual em todos os lugares, pelo menos no ocidente, soa como uma besteira. Mas vai na minha: esse é o detalhe que pode te poupar um bom espaço na mala!

Muita gente fala que no exterior as pessoas não se preocupam com imagem como a gente se preocupa no Brasil, mas essa afirmação só é parcialmente verdadeira. O jeito como a imagem é interpretada é diferente e os códigos visuais podem variar, mas eles ainda existem.
Imagem é uma forma de comunicação, de contar quem você é pro mundo.

E é aquela forma de comunicação que nunca cessa… Você fecha o bico, mas a sua aparência está lá, declarando um monte de coisas o tempo inteiro. Então que sejam as declarações certas, né?

Pra onde você vai?

Afunilando essa questão da cultura, é legal dar uma olhada na escola em que você vai estudar ou na empresa/área em que pretende trabalhar.

Pode ser que a sua área de trabalho aqui tenha um nível de formalidade mais elevado, que as pessoas usem roupas sociais, mas em outro país esses códigos não existam. Inclusive, coisas impensadas aqui, como uma calça jeans, sejam o básico do traje de trabalho na cidade nova.

Por isso, é imprescindível aproveitar as vantagens da internet e dar uma pesquisada básica nas fotos da empresa e de quem trabalha por lá.

Isso vale, inclusive, pra você que está mudando por transferência da empresa que já trabalha. Mesmo em multinacionais com identidades muito bem definidas, o código de vestuário pode mudar drasticamente entre um país e outro. É sempre bom mostrar que você está bem integrado.

Depois que você responder essas 3 perguntas, vai ficar muito mais fácil passar aquele filtro nas peças do seu armário.

Se você cuidar dessa parte logo que decidir mudar, enquanto cuida da documentação e outros detalhes em paralelo, pode até vender algumas roupas e levantar mais uma grana antes de partir!

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Érica Minchin. Siga também o site da Érica.

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