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“Bolos felizes” em Essaouira, símbolo hippie no Marrocos

O caminho de Taroudannt até o Riad Chakir, acomodação das próximas duas noites, é longo. Ao todo mais de 4h de viagem de van.

Antes de chegar, paramos ainda em uma cooperativa que confecciona produtos que vão do óleo de Argan para corpo ao mel da mesma substância.

Barganhando em Essaouira

Chegando em Essaouira, o tom rosa é deixado de lado. É o branco e o azul que tomam conta dos olhos.

Chove e as pessoas aqui parecem estar felizes por isso.

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Fotos: Nataly Lima

Em Essaouira a palavra-chave é pechincha! A cidade é ótima para explorar os mercados ao ar livre (denominado “socos”) e entrar ainda mais em contato com o comércio local. O último destino da viagem pelo Marrocos é também o mais barato. De comida a presentes, encontra-se de tudo que é tipicamente marroquino e também o que é internacional (pizzarias, lanchonetes, gelaterias e até bares).

A chegada na cidade é já no fim da tarde, restando tempo apenas para uma breve caminhada errante para conhecimento do território, uma pausa para admirar o pôr do sol no porto e logo já é hora do jantar.

Pôr do sol em EssaouiraPôr do sol em Essaouira. Foto: Nataly Lima

Nesta noite, de modo a já pensar no término desta aventura, o restaurante escolhido não é o do Riad, mas sim um com direito a muitos pratos de peixes e frutos do mar e outras iguarias pouco comuns, como uma que leva pombo na receita – há quem pondere experimentar (vai ver é o enjoo de comidas tipicamente marroquinas a falar mais alto).

Há música ao vivo e dança típica. A alegria da menina que serve a mesa é contagiante. Ora traz um prato, ora puxa alguém para dançar com ela.

No batuque que embala os passos de dança do rapaz que rodopia o chapéu, como fazíamos com os bambolês nos anos 90, dá para reconhecer a origem do samba. Brasil é Àfrica, sem sombra de dúvidas!

Jantar em EssaouiraJantar com música ao vivo e dança. Foto: Nataly Lima

Esta é a primeira noite em que os mais animados conseguem encontrar um local para alguns drinques após o jantar. Um bar com direito à terraço, música ao vivo e muitos turistas. No entanto, a festa acaba por volta da 1:00 am. Tudo bem, amanhã tem mais.

No dia seguinte, logo cedo, uma guia local nos espera para mostrar a cidade com muita propriedade à porta do Riad.

Ela logo explica que a acomodação em que estamos hospedados, um Riad, possui um pátio no interior e não dispõe de janelas nos cômodos, pois a iluminação natural que vem da clarabóia do topo do prédio seria como uma metáfora entre os muçulmanos e Allah: “uma conexão vertical, lembrando que o que importa está lá em cima, não nos arredores”.

Seguimos com o passeio do lado de fora. Nota-se que a guia esbanja um ótimo domínio do inglês e um sorriso orgulhoso em mostrar os encantos de Essaouira, que tem muitos vestígios da passagem de Portugal no passado.

As ruas principais da cidade são repletas de lojas, mercados e até açougue ao ar livre. Ela explica que secam todo o sangue das carnes antes de pendurá-las: “sem sangue, sem moscas”.

Nota-se que ali o comércio é o forte tanto para locais como turistas.

Açougue ao ar livre em Essaouira. Foto: Nataly Lima

Ao pararmos em frente ao hostel “Woodstock”, a guia menciona que Essaouira é um dos símbolos do movimento hippie dos anos 60, tendo sido muito visitada por Jimi Hendrix e outros. E isso faz sentido, uma vez que na noite anterior havíamos sido abordados por vendedores oferecendo o que chamaram de “bolos felizes”. Claramente não se tratava de doces feitos puramente com farinha e chocolate.

“É preferível maconha do que álcool. O álcool deixa as pessoas violentas. Maconha é mais pacífico”, comenta discretamente a guia.

Ruas de Essaouira. Foto: Nataly Lima

Ela chama atenção para a curiosa quantidade de gatos na cidade – ainda maior do que nos destinos anteriores. Conta que na época da Peste Negra o Marrocos importou gatos para exterminar ratos e, por isso, a quantidade de animais até hoje é tão grande. “Aqui todos convivemos com os gatos. Eles fazem parte da cidade”, fala ela a acariciar um deles que passa fazendo charme entre nós.

Seguimos então para o mercado de pulgas, onde explica ela que a presença de mulheres não é nada bem-vista. Andamos pelas lojinhas que vendem artigos de madeira: de caixas com truques para serem abertas a dromedários e muitas outras opções de artesanato.

Em uma das muitas lojas, um artesanato na prateleira me chama a atenção, mas não o suficiente para entrar e ver mais de perto. O vendedor nota e fala o preço: “faço por 90 DH”. Eu agradeço, mas continuo andando. Eu não sou muito fã de barganha, confesso, mas virar as costas para um vendedor no Marrocos é pedir para ganhar um desconto!

“Quanto você quer pagar”, ele retruca. Eu agradeço novamente e digo que hoje não levo nada. Ele insiste: “faço 80 DH”. Digo que não. “Então 70 DH”, persiste.

Um amigo do grupo se aproxima e tenta me auxiliar: “Faz 40 DH”. O vendedor resiste e diz que não, mas é logo interrompido pelo meu arremate que sai meio que sem pensar: “dois por 80 DH e não se fala mais nisso”. O vendedor aceita rapidamente, como se fosse uma oferta diferente e muito melhor da que o amigo havia feito segundos atrás.

Nós nos entreolhamos sem entender quem é que tinha lucrado ali, mas enfim, compro assim os meus souvenirs. É como recuperar o dinheiro perdido no início da viagem. Quem não chora não mama por aqui.

O passeio termina em uma joalheria e com este também o dinheiro de muitos: “ainda tenho que comprar presentes de Natal!”, um ou outro exclama em meio a tantas opções de anéis, pulseiras e colares de prata, entre outros.

Joalheria marroquina. Foto: Nataly Lima

Com o tempo livre na parte da tarde, alguns optam por fazer um passeio a cavalo. Por volta das 19h, o grupo todo se reúne para o penúltimo jantar, desta vez em outro restaurante com opção para todos os gostos: comida marroquina, pizzas, peixe, etc.

RiadRiad das últimas noites da viagem. Foto: Nataly Lima

Já os gatos aparecem em maior quantidade em volta da mesa. Um se coloca sorrateiramente na parte detrás da minha cadeira. Quando noto, outro pula na mesa e leva a espinha do meu peixe. Claramente, quem manda aqui são eles e não nós!

Em um grupo maior que na noite anterior, a noite se encerra no mesmo bar, mas um pouco mais cedo, por volta da meia-noite.

De volta ao Riad, papo vai, papo vem. Alguns trocam contatos no Facebook. Já temos internet e já estamos quase de volta à vida normal.

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