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Destino Espanha: o antes e depois da mudança

Cheguei na Espanha em agosto de 2016 em companhia de meu marido, que tem cidadania espanhola. Ele nunca morou no país antes, só tinha vindo a passeio, por isso cada dia que vivemos aqui fazemos novas descobertas. Vou colaborar com o Já Fez as Malas? compartilhando informações e experiências sobre como é viver nesse país.

Minha intenção, neste primeiro texto, é contar os principais pontos pré e pós-mudança. Nas próximas postagens, vou contar como estamos lidando com as diversas situações com as quais temos de lidar para nossa adaptação. Entre outros assuntos, vou falar do procedimento de solicitação de permanência, abertura de conta no banco, a troca definitiva de carta de motorista, o registro na previdência social e no sistema de saúde do país, custos de vida, destinos de interesse na Espanha etc.

Acredito que meus relatos serão úteis principalmente para quem, assim como eu, tem cônjuge de cidadania espanhola e quer mudar-se para Espanha, mas espero ajudar, também, aqueles que querem vir ao país para estudar ou mesmo a turismo.

Por que mudar para a Espanha?

Foram dois os principais motivos para escolher a Espanha como destino para nossa mudança: primeiro, pelo fato de meu marido possuir a cidadania espanhola e ter familiaridade com a cultura (seus avós paternos eram espanhóis), o que facilitou muito o nosso estabelecimento no país; além disso, ele conseguiu uma vaga para um curso universitário na cidade em que moramos atualmente.

Vivemos em Jaén, pequena capital de uma província de mesmo nome, e levamos um estilo de vida muito tranquilo, bem diferente do que tínhamos na caótica São Paulo. Há uns 2 anos, quando fizemos uma viagem por Portugal e Espanha, começamos a considerar passar um tempo fora do Brasil, e depois de nos planejarmos bem, decidimos por o plano em prática.

As principais medidas antes da mudança

Tirando os assuntos pessoais, conseguir por sua vida em duas malas de 32kg, despedir-se de todos que interessam, vender parte de suas coisas, e tudo isso que quem já mudou conhece bem, há algumas providências que não podem faltar.

1. Registro do casamento no Consulado da Espanha

Para quem, como eu, casa-se com uma pessoa que possui cidadania europeia, e pretende algum dia viver no país de cidadania do(a) cônjuge, é recomendado verificar a possibilidade de registro do casamento no Consulado do país, isso porque, quando vocês se mudarem para lá, ou até mesmo se quiserem morar em outro país da União Europeia, o fato de ter o casamento reconhecido vai facilitar muito os trâmites para visto de permanência ou residência.

Logo farei um post explicando o passo a passo para registro do casamento no Consulado Gera da Espanha em São Paulo, mas já adianto que demora uns 3 meses para o documento sair.

2. Procurar trabalho, financiamentos e projetar os custos

O planejamento financeiro também é essencial, para isso, vale a pena pesquisar as possibilidades de conseguir trabalho (se possível, já mudar-se com algum trabalho em vista); como se registrar para receber auxílios no país; pesquisar os preços médios de aluguel/compra de imóvel na região que pretenda viver; os gastos com contas e compras; buscar oportunidades de estudos financiados (“becas”, em espanhol) etc.

3. Preparar documentos

Outra dica importantíssima é levar toda a documentação essencial da sua vida ao menos legalizada e, se possível, já traduzida (como a certidão de casamento, ou o próprio registro civil emitido pelo consulado; comprovantes de rendas ou posses; diplomas e históricos de estudos que você possua e tudo mais que considerar relevante). Digo isso porque, uma vez que você viva no exterior, não importa qual país seja, todo documento oficial expedido no Brasil só poderá ser usado para algum trâmite se estiver legalizado e traduzido.

4. Baixa consular

A pessoa que possua a cidadania, se estiver mudando com o pensamento de passar um bom tempo na Espanha, ou ficar definitivamente no país, tem que dar baixa no Consulado em que esteja registrado no Brasil. Esse procedimento é crucial para que, uma vez na Espanha, o cidadão consiga realizar qualquer trâmite político e social no país (como fazer a troca da carteira de motorista ou registrar-se no sistema de saúde e previdência).

As medidas iniciais após chegar na Espanha

Preparou direitinho os pontos descritos acima? Então os próximos passos são quando você já estiver com os pés fincados no destino.

1. Alugar casa

Primeiro, é essencial ter onde ficar inicialmente. Há diversas possibilidades dependendo da situação financeira de cada um: alguns se hospedam em hotéis, outros optam por casas de temporada (via Airbnb, Spot a Home, etc.), há pessoas que têm família no país e hospedam-se com os parentes, ou mesmo aqueles que alugam uma moradia ainda estando no Brasil.

A nossa experiência foi de nos hospedarmos em uma pensão e explorarmos as imobiliárias locais para encontrarmos um apartamento. Já havíamos pesquisado a média de preços na cidade e após 4 dias de procura achamos o que se chama aqui de “estúdio” (apartamento de um quarto).

Para fecharmos o contrato de aluguel foi necessário:

  • Depositar o valor de dois meses (o proprietário é obrigado a pagar, junto ao órgão público de regulamentação de imóveis na região autônoma, o valor de 1 aluguel, a outra parte fica metade como calção para o dono, e metade como comissão da imobiliária);
  • Apresentar um documento de identidade nacional para elaboração do contrato.

Em muitas situações o dono do imóvel também solicita um comprovante de renda, e no caso de pessoas que não possuem cidadania, é comum que peçam de 3 a 6 meses de aluguel pagos com antecedência, principalmente se for contrato direto com o dono, sem imobiliária intermediando.

2. “Empadronamiento”

Toda pessoa que viva na Espanha, ou que ficará no país por mais de 3 meses, deve, por lei, realizar o trâmite de “empadronamiento” na prefeitura (“ayuntamiento”) da cidade em que viva. Esse procedimento é essencial para solicitações futuras, bem como para uso dos serviços públicos municipais, provinciais, regionais ou nacionais.

Para fazê-lo, basta comparecer ao “ayuntamiento” com original e uma cópia do seu documento de identidade (que pode ser o passaporte, no caso do cidadão que não é espanhol) e do comprovante de residência na cidade em questão (que pode ser o contrato de aluguel, no meu caso tínhamos o contrato em nome do meu marido).

Fixar residência e empadronar-se são as duas medidas imediatas, com isso feito, você terá mais tranquilidade para correr atrás dos outros procedimentos necessários para (re)começar a sua vida no novo país.

Em breve você vai poder ler aqui no blog mais conteúdos sobre trâmites e dicas para garantir sua sobrevivência na Espanha.

¡Hasta luego!

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Gabriela Morandini.

Veja também:

Atenção: Este conteúdo é de exclusividade do Já Fez as Malas? e não pode ser reproduzido parcial ou integralmente sem autorização prévia. Caso queira referenciar o conteúdo abordado neste artigo, pode-se utilizar um link para a matéria.


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