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Países Baixos: os encantos de Breda e Rotterdam

Amiga brasileira de férias em Portugal e a vontade dela era conhecer a Holanda. Para não cair no roteiro turistão básico que todos fazem, entrei em contato com um amigo holandês, que já não via há uns quinze anos, e pedi que nos aconselhasse a sair do tradicional.

Por coincidência, ele tinha acabado de chegar do Brasil e nos ofereceu sua casa para não gastarmos com estadia – o que foi mesmo providencial, pois ao pesquisarmos quartos em casas que alugam por temporada ou hostels, em pleno verão, vimos o quão complicado é achar preços acessíveis em cima da hora. Então, encontramos passagem aérea para Eindhoven, de ida, por €20 cada. “Mas e a de volta?” – ao mesmo tempo perguntamos uma para outra com aquele ponto de interrogação gigante – “Vamos garantir essa porque está barato, quando chegarmos lá, compramos a volta!”. Assim, em dois dias partimos para os Países Baixos.

Ficamos em uma cidade de interior chamada Breda. O tempo de percurso do aeroporto até lá é de 40 minutos de carro. Mas, caso não tenha ninguém para te receber no aeroporto, são duas opções: ônibus e trem. No próprio aeroporto é possível pegar um ônibus que passa a cada quinze minutos para a estação de trem e região central de Eindhoven.

Breda

É apaixonante! Uma cidade que tem tudo, super versátil, não deixa nada a desejar para as cidades grandes. Muitos bares com mesinhas do lado de fora, muitos restaurantes com gastronomia de vários países, as pessoas costumam andar a pé ou de bicicleta.

O transporte público é super eficaz e o trem vai para todos os lugares, ou seja, prático e rápido. As pessoas são simpáticas, atenciosas e prestativas. Quando parávamos para pedir qualquer informação no meio da rua, sempre fomos recebidas com um largo sorriso no rosto. Aliás, isso também percebemos em Rotterdam e Amsterdam, quando não te acompanham para mostrar ou explicar a direção. A cidade é MESMO um encanto e tem muita gente bonita, de todas as idades.

Outra coisa que me chamou a atenção é que é possível encontrar vinhos do mundo inteiro nos mercados, isso porque a Holanda produz pouco vinho devido ao seu clima – temperaturas demasiadamente frias para que a vinicultura se desenvolva abundantemente. Então, além dos vinhos europeus das regiões mais conhecidas, encontra-se os da América do Sul, do Norte, Oceania e por aí vai. Enfim, não existe falta de opção.

O amigo holandês que nos hospedou tinha que trabalhar, então nos deu a chave da porta, nos levou nos pontos principais, como a estação de trem, por exemplo, e explicou tudo como funcionava. O único jeito de conhecer a cidade era batendo perna. Fomos ao parque, desbravamos cada ruazinha, entramos no mercadinho do bairro e fiquei pasma com a quantidade de coisas essenciais para preparar uma refeição – carnes, frutas, legumes e verduras extremamente impecáveis. Os preços, comparados com Portugal, são mais caros, mas é excelente a relação custo x benefício.

O que fazer em Breda: o delicioso Parque Valkenberg, a catedral gótica “Grote Kerk”, o Castelo de Breda, o Jardim de William Merkx, entre outros.

Rotterdam

Engraçado nunca ouvi ninguém falando sobre Rotterdam. Acredito que Amsterdam seja a primeira cidade que vem à mente quando Holanda é pronunciada – talvez pela fama da legalização da maconha, o Red Light, a vida noturna agitada… mas Rotterdam me surpreendeu. Fui abraçada pelo clima em todos os sentidos: é cultural, sofisticada, contemporânea, artística e intrigante, pois é considerada a cidade da arquitetura holandesa. O mix entre a antiga e a inovadora se funde com harmonia. Os olhos não sabem para onde olhar porque o pescoço não os acompanha.

Para começar, a estação central de trem: linda, “modernérrima” e futurística. Já que o lance é arquitetura, passagem obrigatória pela Casa Cubo. É um conjunto residencial construído com inclinação de 45 graus, literalmente um cubo, projetado pelo arquiteto holandês Piet Blom no final dos anos 70. Para matar a nossa (e a sua) curiosidade em conhecer um desses apartamentos, a casa-museu Kijk-Kubus está aberta para visitantes, mas se estiver interesse em passar uma noite, no cubo maior está situado o Stayokay Hostel Rotterdam. O conceito arquitetônico é lembrar uma floresta abstrata, pois seus tetos triangulares representam copas de árvores. Esse residencial foi construído para atender a comunidade, servindo também como ponte para os pedestres, pois passa em cima de uma das vias mais movimentadas do centro da cidade.

Bateu a fome? Mercado municipal! É qualquer coisa de extraordinário. Tem tudo sob o mesmo teto: oito restaurantes, quinze lojas de comida – desde o pão fresco, especiarias, bebidas, queijos, doces, legumes e verduras frescos, flores e plantas – e cem vendedores de peixe. Mas e o ambiente? Do tamanho de um campo de futebol, colorido, alto astral, aconchegante, ideal para os apreciadores do bom gosto em comida e bebida.

Também soube que o navio que viajei em 1999 com minha família havia sido reformado (de volta à decoração original do final dos anos 50) e atracado no porto para visitantes. Como o primeiro cruzeiro a gente nunca esquece, precisava matar a curiosidade em ver depois da reforma, afinal foram oito dias a bordo do SS Rembrandt – hoje com o nome de SS Rotterdam. O navio é um hotel flutuante, aberto para visitação guiada, para quem quer comer num de seus restaurantes ou só tomar uma taça de vinho ou um café.

Muita coisa da “minha época” foi mantida, as características daquele glamour não se perderam. Foi uma viagem no túnel do tempo: andando pelo navio contei para minha amiga como eram os shows, o cassino, os conjuntos de música, as refeições, as atividades, o atendimento impecável, a gastronomia, enfim, saudade não coube no peito. Infelizmente deixei as fotos no Brasil antes de mudar para Portugal e não consegui fazer um antes e depois com as minhas imagens. Sentamos no convés, em frente a piscina, e apreciamos a vista até o sol se pôr com um belo Pinot Grigio.

Além da arquitetura a céu aberto, da visita à Casa Cubo, ao Mercado Municipal e SS Rotterdam, a cidade oferece o Euromast (para quem quer apreciar uma vista de tirar o fôlego, esta é uma das torres mais altas da Holanda), o Waterbus (barco ancorado perto da ponte Erasmusbrug e navega todos os dias com destinos que incluem os moinhos de vento de Kinderdijk e Dordrecht), museus, restaurantes, lojas de todos os gêneros e uma vida noturna para lá de especial que atende todos os gostos e bolsos.

Moraria fácil tanto em uma cidade como na outra. Me senti acolhida como se eu já tivesse estado lá.

*Algumas informações e imagens foram retiradas da internet como o site Holland.com, Planet Ware e The Independent.

 

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Roberta OrtolanSiga também blog da Roberta.

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