Quer morar em outro país? Pratique essas 3 habilidades

Para morar em outro país você não precisa de nenhum superpoder. Porém, tem algumas habilidades específicas, que se você começar a praticar antes, podem facilitar (e muito) essa mudança de vida.

Desde que eu saí do Brasil, há 5 anos, percebi como algumas coisas foram fundamentais para me ajudar nesse processo e hoje quero compartilhar isso com vocês!

1 – Controlar a vida financeira

Se você é daqueles(as) que não sabem nem como terminam o mês financeiramente… talvez seja hora de avaliar um pouco esse seu hábito. Morar fora, na maioria das vezes, implica um investimento financeiro.

Você vai ter que se planejar para pagar todos os custos que essa mudança exige e para o futuro incerto. Para muitos que mudam, existe uma fase de adaptação, onde nem sempre o trabalho sai tão rápido como a gente imaginava ou nem tudo custa o valor que pensávamos.

Caso você não tenha o costume de controlar as suas finanças, meu primeiro conselho é que você comece a fazer isso. Você precisa saber exatamente o dinheiro que entra e que sai todo mês, quanto você pode usar para lazer, compras, etc.

Sei que depende de cada situação, mas, se possível, crie uma poupança. Se esforce para ter um dinheiro guardado. Se mudar com a segurança financeira, de que se algo der errado, tem uma graninha guardada para emergência, é sempre um alívio.

Quase sempre vai ser possível saber quanto você vai gastar no país que você vai mudar. Seja perguntando em grupos, pesquisando supermercados online, custo dos alugueis, etc. Vai ser possível comparar a sua vida hoje com a vida que você vai ter. Assim, já saberá quanto dinheiro você precisa para se sustentar ali.

Tenho certeza que desenvolver essa habilidade vai te ajudar na mudança!

2 – Desapego

A sua vida vai ficar bem mais fácil se você não sentir a necessidade de carregar milhões de coisas. Quando vivemos há anos em uma mesma casa, a tendência é que a gente tenha muita coisa acumulada. Eu descobri isso quando comecei a esvaziar o quarto que eu morei por 15 anos antes de mudar.

Na hora de organizar suas coisas para se mudar, você vai perceber isso nitidamente. Então, quanto antes você separar as coisas que não servem mais e se desapegar delas, melhor.

Praticar o desapego é uma das habilidades fundamentais quando se decide mudar de país

Você pode começar a avaliar todos os seus pertences com bastante antecedência. Assim, já adianta o trabalho e vai se acostumando ao desapego. Precisamos de muito menos do que possuímos, acredite.

Começar antes esse processo também vai te dar tempo não só de se acostumar a desapegar, mas também de vender as coisas que você não precisa. Essa grana pode te ajudar a formar a sua poupança, como eu comentei no item anterior.

3 – Cara de pau

Tenho dúvida se isso podia ser considerado uma habilidade (rs), mas acho que ela é muito importante nesse caso. Em uma mudança de país, existem várias situações que podem ser bem desconfortáveis e nada melhor para resolver isso que uma boa cara de pau!

Mesmo dominando a língua local, você pode passar por muitos momentos que não vai entender o que te falaram. Situações como: quando te ligam para uma entrevista de emprego e o endereço que você achou que era certo não existe. É provavel também que você tenha que buscar trabalhos que não tenham nada a ver com os seus anteriores e vai ter que se virar por não ter nenhuma experiência.

Para essas e outras situações, você vai ter que deixar a vergonha um pouco de lado e encarar tudo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Sem se sentir mal porque não foi capaz de entender, com medo de passar vergonha ou qualquer coisa parecida. Veste o seu sorriso mais sincero e pergunta uma ou duas vezes de novo se necessário, faz o melhor que você pode e sai sempre com a cabeça erguida de quem, ao menos, tentou.

Quando eu estive na Austrália, queria muito um trabalho. Uma amiga me disse para aparecer sempre lá na empresa para falar com a chefe. Eu ia uma ou duas vezes por semana, meio sem graça de ser tão insistente, mas com aquele sorriso na cara e dizendo que me desculpasse, mas que queria muito o trabalho. Até o dia que ela me contratou.

Também fui fazer várias entrevistas em lugares que eu não tinha a menor experiência. Fiquei mega sem graça em restaurantes, onde a garçonete que me ensinava o serviço, levava 4 pratos de uma vez e eu mal aguentava os dois que eu era capaz de segurar. Para essas e outras situações, tudo que eu queria era me esconder, mas tive que engolir seco a minha vergonha e seguir adiante. Não passei em muitas dessas entrevistas, mas tudo bem.

Sempre repito: “Isso não é nada…”. Já que no final, todas essas travas são só frutos da nossa imaginação. Nada disso vai te prejudicar de verdade, você só tem que seguir em frente.

Então, pode ir treinando essa cara de pau para tornar essa mudança ainda mais fácil e boa sorte!

Até a próxima postagem!

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Julia Queiroz. Siga também o blog da Julia.

 

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