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Vale Europeu e o cicloturismo de carro! – Parte 2 #16

Trilha sonora: Lovely day, do filme 127 horas. O baixo toca grave nos alto-falantes frágeis do carro, que chegam a chiar. Seis e meia da manhã. O dia ainda está raiando e ameaça não ser tão “lovely”. Mas estou renovado, descansado, pronto pra encarar novamente o trajeto, agora equipado com o Adventureiro. Balanço levemente a cabeça ao som delicioso do baixo, a bateria vai ganhando espaço de leve na melodia. “No matter what, it’s gonna be a lovely day, lovely day!”.

A proposta do circuito, seja de bike ou a pé, é contemplar as paisagens, as casas dos colonos, parar aleatoriamente na casa de um colono e acabar tomando um café, curtir o caminho, fazer com calma, tudo mais. Eu queria muito fazer isso. Mas percebi duas coisas: A primeira é que seria bem mais interessante fazer isso tudo com pelo menos uma companhia. A segunda é que eu fiquei tão detonado no primeiro trajeto, que minha fichas quase se esgotaram, então não tive outra escolha a não ser apostar tudo, como no Poker. Portanto, minha visão do circuito, passou de “romantizada” a realista.

16-1

Timbó a Pomerode: eu teria levado umas 5 horas de bike se estivesse sem a mochila. De carro, levei 15 minutos e não vi nada demais. Não fazendo pouco caso do lugar, mas nenhuma paisagem ou casa de colono me chamou a atenção.

Pomerode a Indaial: Idem. Só serviu pra curtir meu playlist. Levei menos de 20 minutos e olha que eu dirigia bem devagar. Posso até dizer que, mesmo de carro, procurei curtir o trajeto, mas não adiantava muito.

16-03

Indaial a a Ascurra (passando por Apiúna): Mais meia horinha dirigindo até Apiúna, onde todos que conversei no caminho me prometeram que encontraria cachoeiras e esportes radicais. Pois na cidade tem apenas UMA placa dizendo “cachoeiras” e ninguém, nem mesmo na secretaria de turismo, sabe como chegar. Fui até uma agência de esportes radicais, a Ativa, e dei de cara com as donas fechando os portões, pois no inverno eles não realizam nada sem agendamento prévio com no mínimo 6 pessoas (rapel, rafting, etc). Quase frustrado, segui adiante.

Ascurra a Benedito Novo: Nas proximidades de Benedito Novo, as paisagens começaram a ficar mais bonitas. Alguns vales mais altos, com corredeiras muito bem formadas que beiravam a estrada. Não era nem meio dia ainda, eu já havia feito praticamente metade do circuito, sem nada que me saltasse aos olhos. Até que vi a placa: Maior tirolesa da América Latina, K2000, logo à frente. Foi lá mesmo que parei.

A tirolesa tem 2 quilômetros de percurso. Atravessa um vale, sendo que seu pico está a 1000 metros do nível do mar, e seu desnível ultrapassa os 200 metros! A descida leva cerca de 2 minutos. Finalmente uma aventura nesse circuito! Fiquei tão empolgado que desci a primeira vez sem câmera nem nada, fiquei de ponta cabeça e aproveitei cada metro da descida. Precisava curtir aquele momento. Quando cheguei à outra ponta, chorei um desconto pro Jimmy, um dos sócios, e ele me deixou descer a segunda vez. Pronto, o Cicloturismo do Vale Europeu, pra mim, se pagou ali. Toda a descarga de energia que eu precisava, ao mesmo tempo em que recarregava, se fez nessas duas descidas. Ufa!

16-02

De lá, segui para Doutor Pedrinho. Passei em frente a cachoeira do Zinco, absurdamente linda! Ela fica dentro de uma “propriedade particular”, e só é possível ser visitada aos finais de semana e com agendamento. Como era quarta-feira e eu já estava na estrada, apenas contemplei sua beleza à distância. Cheguei em Doutor Pedrinho logo que escureceu, e encontrei a Pousada da Dona Hilda. Contei minha alegre história (de novo), e ela, super solidária me deixou pousar o Adventureiro no estacionamento da Pousada para minha noite de sono. Ela estava fazendo um jantar pros hóspedes, não resisti e me juntei a eles, “tirando o escorpião do bolso”, como diz meu avô.

Antes de dormir, escrevi um pouco no diário. Ah, como dormi bem aquela noite.

Na manhã seguinte, a dúvida: Seguir e completar o circuito, ou voltar a direção da bússola para o Sul e ir para Blumenau?

Até hoje penso: Mochila, pesada mochila. Que bom que apareceste no caminho. Que bom que te criei. Me tiraste do circuito de bike do Vale Europeu e me levaste a Blumenau, e a tantas histórias que ainda contarei…

Fotos e comentários no Facebook: Efeito Borboleta (Victor Reider Loureiro)

Obs.: O conteúdo é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião do Já Fez as Malas.

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