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A saga da cidadania italiana, parte 2: curiosidades e benefícios

No post passado falei para vocês sobre o inicio da minha saga em busca de mais informações sobre minha família italiana, mas não expliquei o porquê.

Lógico, os motivos são muitos e, para mim, o principal deles é me sentir mais próxima do meu pai, que nos deixou em 2014. Contudo, não é só por isso. Após ler bastante, reuni algumas curiosidades sobre a dupla cidadania, bem como alguns benefícios que muitas pessoas não sabem que têm direito.

Inicialmente, saibam que adquirir a cidadania múltipla, seja Brasil + Itália ou Brasil + Portugal, por exemplo, é um direito que você pode usufruir caso cumpra os requisitos legais. No caso da Itália, utiliza-se o conceito jus sanguinis para se atribuir nacionalidade a uma pessoa. A dupla cidadania nada mais é senão um status que você adquire por obter duas cidadanias concomitantemente, lembrando que cada uma delas é autônoma e não tem nenhuma relação com a outra.

Como eu descubro se posso ter dupla cidadania?

Para descobrir se você tem ou não direito a isso, deve primeiro pesquisar sobre as origens da sua família. Como o Brasil é um país colonizado por muitas culturas e pessoas de diferentes nações, há grandes chances dos seus antepassados serem oriundos de algum outro lugar. O que determina se você tem algum direito por conta desse parentesco é a lei do país do qual esse antepassado veio. Por isso, se você tem algum antecessor direto que veio de outra nação, vale a pena pesquisar um pouco mais a respeito.

Nem todo mundo pode ter dupla nacionalidade

Sabiam? Eu não sabia. Quando possuímos duas nacionalidades, somos pessoas de nacionalidade múltipla, mas nem todo país autoriza que seu cidadão tenha outra nacionalidade. Nesses países, ou você fica com a nacionalidade do seu país de origem ou com a do outro país de que possui direito, não dá para “acumular”.

Felizmente, o Brasil não é um desses locais.

Dupla nacionalidade = Direitos e deveres

Ao realizar o processo de reconhecimento de nacionalidade, não esqueça que ser considerado cidadão de outro país implica também em ter deveres lá. Ou seja, você deverá respeitar a obrigações de dois países, como por exemplo, votar. Deve-se pesquisar muito bem para saber tudo o que está implícito na nova cidadania.

Benefícios do passaporte italiano

Como já expliquei, estou em processo de obtenção da cidadania italiana, ou seja, em breve serei cidadã brasileira e italiana. Com isso, poderei ter o passaporte da União Europeia, que é muito desejado pelo mundo afora. Isso deve-se ao fato de ser o 4º no ranking dos passaportes mais bem aceitos do mundo, segundo o índice do Passport Index.

Essa lista basicamente mede a qualidade do passaporte pela quantidade de países em que o detentor do documento pode entrar sem a necessidade de visto.

Aqui está a comparação entre o passaporte italiano o brasileiro.

Para viajar aos EUA, por exemplo, quem é cidadão italiano não precisa do Visa e sim do ESTA (Electronic System for Travel Authorization), que nada mais é o pagamento de uma taxa e o preenchimento de um formulário online. Isto acontece porque a Itália se enquadra no limitado rol de países beneficiados pelo “Programa de Isenção de Vistos”, Visa Waiver Program (VWP).

Se você quiser morar nos EUA, o investimento que deve fazer por lá é bem menor do que o que você faria como brasileiro. Enquanto os brasileiros devem desembolsar em torno de US$ 500 mil, um cidadão da União Europeia precisa de “apenas” US$ 100 mil.

Isso sem falar em outros projetos e sonhos que podem ser concretizados mais facilmente com a cidadania italiana. Eu, que tenho como meta realizar um mestrado na Europa, sei que com o passaporte italiano terei descontos muito grandes. Um exemplo concreto que posso dizer é o da Universidade de Coimbra, no mestrado em Direito. Os estrangeiros pagam 7.000€ de taxas anuais para fazer o curso. Enquanto os cidadãos portugueses ou cidadão da União Europeia pagam apenas 1.000€.

Abrir uma empresa na Europa também é mais fácil e mais barato sendo cidadão de um dos países-membros. Ou seja, se você tem direito, tem vontade de fazer alguma dessas coisas que mencionei e ainda não foi atrás, está esperando o quê?

Passaporte brasileiro é ruim?

Com certeza não. O passaporte brasileiro, segundo a BBC News, é o 14º passaporte no ranking dos mais bem aceitos do mundo. Considerando que o mundo tem mais de 190 países, é uma boa colocação. O Brasil é o país mais bem posicionado da América Latina.

Ainda segundo o site, quem possui um passaporte brasileiro tem acesso livre a 144 países sem ter de apresentar um visto de entrada.

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Renata Benedetti. Siga também o Instagram da Renata.

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