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Português de Portugal: que língua é essa?

Que o português de Portugal e o português do Brasil são diferentes é fato, mas, na nossa opinião, são línguas completamente distintas: não é só o sotaque que muda. A escrita, o emprego das palavras, as gírias, o vocabulário, tudo faz pensar que realmente estamos falando outro idioma. Já diria o humorista Gregório Duvivier, neste vídeo, que estas diferenças deveriam nos aproximar ao invés de afastar.

Para começar, o sotaque português tem um ritmo mais rápido que o brasileiro, parte disso é devido ao autofagismo das vogais. Por exemplo, con-for-tá-vel é uma palavra saboreada sílaba a sílada pelos brasileiros, enquanto os portugueses falam “cnfrtável”. O mesmo acontece com “colstrol”, ou seja, co-les-te-rol. Mas tem piada! (ops, é engraçado).

Outra coisa que estranhamos de início é o fato que conjugamos (pelo menos em São Paulo) todos os verbos com “você” enquanto os portugueses, conjugam em “tu”: O “Quer um café?” torna-se “Queres um café?”, “Gostaste?”.

Fora algumas palavras que são diferentes e podem causar alguma confusão caso você venha a Portugal despreparado. “Muito fixe, malta!” ou seja “Muito legal, galera!”. Autocarro, comboio, carrinha, miúda, gajo, arrendamento, etc. O problema acontece quando uma palavra significa uma coisa em Portugal e no Brasil, bem… “Encostar o rabo” é um simples “sentar”. Nada de mente poluída por aqui, hein? Tenho um dicionário divertido para consultar algumas expressões idiomáticas, vale a pena tê-lo em mãos.

Certa vez, em uma entrevista de emprego, o entrevistador me perguntou qual seria o meu designer de “eleição”. Fiquei hesitante, perguntei de novo, ele apenas repetiu (eu queria que ele traduzisse!) e desconversei por fim. Ele só queria saber qual era o meu designer preferido.

Minha irmã quando veio visitar ficou bem confusa. “Eles estão falando russo?”. Mas tudo isso é uma questão de se acostumar. Você se acostuma a escrever “atentamente” ao final de um e-mail e não “atenciosamente”, a falar “percebi” no lugar de “entendi” e, às vezes, pode até incorporar algumas gírias.

O mais estranho, na nossa opinião, é o fato de os portugas não usarem o gerúndio igual a nós, brasileiros. “Estou a contar ovelhas” ao invés de “estou contando ovelhas”, “estar a chatear” ao invés de “chateando”.

Nos dois primeiros meses eu fiquei bem tensa em conversar com os portugueses e me sentia quase como um robô, falando pouco e, quando falava, não parecia a minha voz, o meu jeitinho. Depois, fui relaxando. Portugueses e brasileiros compreendem-se quase sempre, umas vezes com um “bocadinho” mais de dificuldade, mas nada que valha a tensão que eu estava. No geral, os nossos amigos lusitanos são bastante acolhedores, o que fez de Portugal, tão facilmente, a nossa casa!

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Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Melissa Costa. Acompanhe também o blog Fifty-Fifty.

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