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Para nos sentirmos em casa, precisamos estar em paz

“Você considera ser uma pessoa mais moderada ou arrojada?” Foi essa a primeira pergunta que a minha gerente me fez quando resolvi começar a investir meu dinheirinho de estagiária, em 2012. Eu sabia desde já que o dia de arrumar as malas estaria por vir e, cerca de 5 anos depois, em 27 de Abril de 2017, embarquei nessa aventura. Agora comemoro um ano de uma das melhores decisões da minha vida.

Eu não era infeliz em São Paulo. Morava com meus pais, tinha um círculo social muito bom e um emprego que me satisfazia. Mas mesmo assim demorava 4 horas parada no trânsito e andava a noite com medo de ser assaltada (ou pior. Sentia, desde minha primeira e saudosa viagem a Londres em 2011, que eu podia fazer mais da vida.

Entre as coisas que tive de abdicar, o convívio com minha família é uma das mais difíceis . Eu sabia que, mesmo negando até o último minuto, sairia de casa: meu quarto já não seria mais meu, o meu lugarzinho no sofá não seria mais meu, o meu trabalho não seria mais meu. Deixaria o Brasil que eu conhecia até então e, se um dia voltar, ele será diferente. Não foi fácil aquele momento no aeroporto, onde todo mundo queria me desejar boa viagem e eu não conseguia parar de chorar para responder, acenava com a cabeça e abraçava um pouquinho mais forte.

Mas o tempo é senhor e logo comecei a me acostumar com minha nova vidinha na Itália, que consistia em sorvetes, idas ao supermercado, corridas no parque, experiências culinárias e, principalmente, viver uma vida de casada. Se já é estranho morar sozinha, imagina com outra pessoa que tem outros costumes? Enfim, começamos a ajeitar nossa vida como casal e descobrimos que tínhamos tudo a ver. Ponto positivo!

A saudade da família e amigos começou a virar rotina e, consequentemente, parou de doer. Mas claro que não fazer nada é ótimo nos dois primeiros meses, depois cansa e se sentir útil volta a ser uma prioridade. A busca por empregos na Itália não estava fácil e resolvemos buscar outras opções, caimos nos encantos de Portugal e iniciamos o processo de mudança, não só de coisas físicas mas emocional.

Seria mentira se eu dissesse que foi difícil. Na verdade, foi tudo muito bem planejado, muito bem cuidado e até a ansiedade tinha hora para acontecer. Estávamos bem dispostos e com o dinheiro das nossas economias, o que era incontrolável era apenas o “match” entre a nossa nova morada e nós.

Quando chegamos no Porto, o amor foi à primeira vista. O sol apareceu e a minha primeira refeição foi tão feliz que me convenceu logo de cara: pra mim, comer bem é um agrado vital. E assim foram os meses de adaptação. Descobri que, para nos sentirmos em casa, nós precisamos de mais que um trabalho e um companheiro, precisamos estar em paz.

O primeiro passo foi conseguir um apartamento pequeno, porém com a nossa cara. Depois consegui um emprego que me faz sentir útil, depois descobrimos um centro espírita para cultivar a nossa espiritualidade, depois… depois ainda está por vir. E acho que essa é a magia de morar em um lugar escolhido por você: as surpresas da vida.

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Melissa Costa. Acompanhe também o blog Fifty-Fifty.

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