Morar na Itália em 2018: estudar, trabalhar e custo de vida

Sair do Brasil para morar na Itália tornou-se uma das vontades mais comuns entre os brasileiros. A busca por um futuro melhor, qualidade de vida, estudo e trabalho são os principais fatores dessa emigração. Porém, não basta ter dinheiro para fazer as malas e pegar o primeiro avião para o exterior.

É preciso organizar essa mudança, planejar os custos e preparar todos os documentos necessários para viver legalmente em um outro país.

Como morar na Itália: o que é preciso considerar

Se você já decidiu que vai morar na Itália e correr atrás da dolce vita saiba que o processo para estudo e/ou trabalho requer certa paciência e disponibilidade para que os documentos sejam todos solicitados. Lembre-se que a Itália é um dos países mais burocráticos da Europa e, para não ter problemas com isso, veja quais são os procedimentos e documentos necessários para estudar, trabalhar e ser aposentado em solo italiano. Além é claro, de planejar o custo de vida.

Se você tem direito à cidadania italiana, veja nossos especiais sobre como tirar no Brasil e na Itália.

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O que é preciso para morar na Itália

É muito importante não confundir as informações com relação à necessidade de visto. Apesar da Itália ser um dos 66 países que não exigem visto para brasileiros, não significa que você poderá ficar por lá por tempo indeterminado. Esta concessão é válida para os turistas que podem permanecer pelo prazo máximo de 90 dias. Porém, dentro de 8 dias úteis precisam comunicar ao governo que estão no país, justificar a sua estadia, hospedagem e meios de sustento
durante estes dias.

Entrada na Itália – documentos exigidos

É preciso apresentar um documento válido de viagem, no caso dos brasileiros o passaporte; ter um visto de entrada ou trânsito (estudantes, trabalhadores e futuros/possíveis moradores); documento/justificativa da estadia e meios de subsistência e, em alguns casos, é consultado o registro criminal e/ou impedimento de entrada no país (se houver).

Para aqueles que pretendem ficar no país por menos de 90 dias, seja para visitas (parentes/amigos), negócios, turismo e estudo não precisam solicitar a permissão de estadia, apenas a declaração de presença.

Entrar ou morar na Itália ilegalmente

Este é considerado um crime de imigração passível de multa, entre 5.000€ e 10.000€, além de serem denunciados às autoridades de repatriamento para que sejam deportados ao país de origem. Para além destas questões, o indivíduo que comete este tipo de crime será julgado perante a lei.

Pedido de visto para morar na Itália

Existem alguns documentos básicos para dar entrada ao pedido de visto e outros específicos, como os de estudos, trabalho ou escolha de residência, que serão explicados abaixo. São eles:

  • Foto 3×4
  • Passaporte
  • Documento de finalidade de estadia
  • Meios de subsistência
  • Comprovativo de habitação

Para facilitar o processo, as autoridades solicitam que o requerente leve consigo o documento tipo di visto devidamente preenchido, consoante a solicitação (estudo, turismo, voluntariado ou trabalho, por exemplo).

Veja como tirar o passaporte italiano

Autorização de residência

Os documentos citados acima são exigidos para quando o estrangeiro pretende ficar por um período maior que o comum, mais não mais que 90 dias. Após esse prazo é preciso solicitar a autorização de residência (AR), que neste caso exige os seguintes documentos:

  • Formulário de Candidatura preenchido e autenticado
  • Passaporte (original e cópia)
  • 4 fotos 3×4
  • Comprovativo de pagamento do pedido
  • Documentos específicos de cada tipo de visto (veja abaixo)

Quanto custa

  • Selo de Autenticação do Formulário de Candidatura: 16€
  • Licença Eletrônica para AR para mais de 90 dias: 27,50€
  • Liberação da AR: entre 80€ e 200€ dependendo do tipo solicitado

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Como estudar na Itália

Existem diversas formas para estudar na Itália, que vão desde cursos de línguas, intercâmbio e cursos completos (licenciatura, pós, mestrado ou doutorado). Em todos esses casos é possível conseguir bolsas de estudo, seja através de instituições como a Fundação Lemann ou até mesmo de programas nacionais como Santander Universidade.

Bolsas de Estudos

  • Bacconi University – graduação e mestrado em Milão, bolsa de estudos no valor de 11 mil euros e 12 mil euros e com inscrições entre janeiro e abril de 2017.
  • Politecnico de Milano – mestrado na área de Ciências em Milão, bolsa de estudos de até 10 mil euros e com inscrições em março
  • Università Cattolica – para todos os níveis superiores, bolsa de estudos anual de 8.540 euros e com inscrições de dezembro a março.

Documentos necessários para estudar na Itália

Para além daqueles citados acima, também é exigido do estudante o requerimento de AR para estudo e os seguintes documentos:

  • Passaporte válido;
  • Documento que comprove a cidade, instituição e duração do estudo;
  • Comprovante de alojamento (próprio ou oferecido pela instituição);
  • Comprovativo de meios de subsistência para o período solicitado;
  • Carta ou declaração da instituição validando prática de estudo.

O visto de estudo permite realização de trabalho, desde que não ultrapasse as 20 horas semanais ou 1.040 horas anuais. Caso haja a necessidade ou pretenda renovar o visto de estudo concedido, o mesmo deve ser feito com num prazo de 60 dias antes do vencimento.

Como trabalhar na Itália

Assim como quem pretende estudar na Itália, para trabalhar e morar na Itália também existem diversas opções: procurar por um emprego estando no Brasil (seja pelas redes sociais ou por sites de emprego) ou procurar um emprego pessoalmente, enquanto estiver no país. Lembre-se das regras para permanência citadas acima.

Para emprego remunerado sazonal (período determinado)

A autorização para este tipo de emprego tem duração mínima de 20 dias e máxima de seis meses, com possibilidade de mudanças para trabalhos temporários (mais de seis meses) ou permanente.

  • Formulário de Solicitação Individual
  • Passaporte
  • Cópia do Contrato de Trabalho
  • Documento de compromisso do Estado em caso de repatriamento

Para auto-emprego (setores industrial, comercial e corporativo)

Este processo deve ser realizado na sua cidade (no Brasil) ou na mais próxima da sua cidade que possua um consulado italiano (confira o link abaixo). Os prazos para tal são de 120 dias para a resposta a partir do dia da solicitação e o trabalhador, em caso de autorização, deve partir no prazo máximo de 180 dias e se registrar (como referido acima) no prazo de oito dias. Os documentos a serem apresentados são:

  • Requerimento de Solicitação
  • Passaporte
  • Comprovativo de recursos para exercer o trabalho
  • Declaração da Autoridade competente de que não há fatores que impeçam o trabalho
  • Comprovativo de meios para morar na Itália (alojamento e salário para subsistência)
  • Comprovativo da renda anual, acima do mínimo exigido por lei pelo país

Aconselhamos que você entre em contato pessoalmente com a embaixada da Itália no Brasil (mais próxima da sua cidade) para que seja esclarecido todos os procedimentos e documentos necessários para morar na Itália.

Em alguns casos, é possível dar entrada ou mesmo solicitar o visto já no Brasil. Veja a lista de consulados italianos. Os formulários citados no artigo podem ser consultados no site oficial da Imigração Italiana.

Custo de vida para morar na Itália

Independente de ser estudante ou trabalhador, os custos serão praticamente os mesmos. O que vai variar é com relação aos gastos na cidade em questão e o seu estilo de vida. Veja quais são as médias de gastos mensais para uma pessoa. Aqui listamos o custo médio de vida na Itália por cidade:

  • Aluguel: entre 300€ e 1.000€
  • Condomínio: entre 15€ e 20€
  • Água, Luz e Gás: entre 50€ e 100€
  • Internet/ TV a Cabo: entre 20€ e 30€ + anuidade da TV pública por cerca de 120€
  • Celular: entre 10€ e 15€
  • Mercado: entre 200€ e 250€
  • Transporte: entre 22€ (estudante) e 35€ (não estudante)
  • Total: entre 627€ e 1.510€

Os valores acima não consideram custos emergenciais como remédios ou consultas médicas; compras extras (roupas e objetos para casa) e lazer. Portanto, considere uma quantia e acrescente a este valor. Para que você tenha uma ideia, o governo italiano exige, para fins de residência no país, que a pessoa em questão tenha uma renda de pelo menos 420€ mensais.

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