Alerta: faz (fez) calor em Londres

O fim de Julho registrou a onda de calor mais longa de Londres. Os jornais locais apontam que esse é o verão mais quente desde 1976. Em um dia, a temperatura chega a 37 graus. A cidade entra em pânico, literalmente.

Peles brancas se tornam vermelhas, marcadas por queimaduras do sol. As roupas se tornam mais largadas, mais casuais; braços e pernas agora são revelados, o suor aparece nas testas, cabelos longos são presos de qualquer jeito, maquiagens derretem.

Pessoas faltam no trabalho porque não conseguem se concentrar no calor e o Twitter bomba com alertas de como lidar com a quentura extraordinária. No metrô, sinais lembram da importância de se manter hidratado, ônibus e trens param porque pessoas passam mal, os supermercados se apressam em renovar o estoque de sorvetes, picolés e água (muita água).

Ninguém consegue dormir direito. Repartições que não têm ar-condicionado se arrependem de não ter instalado um. Reclamações como “It is so bloody hot!” (Está tão quente!), “I’m melting!” (Estou derretendo!), “I’m baking!” (Estou assando!), “Winter can come already!” (O inverno já pode vir!) se tornam comuns.

O amor pelo verão acaba. Pessoas sonham com chuva, pelo menos um pouquinho de chuva, e ela vem. Com trovões e relâmpagos. Na rua, elas parecem agora aliviadas. Fecham os olhos para sentir a brisa no rosto e respiram o cheiro de terra molhada. Os mais desesperados sequer usam guarda-chuva.

Em terra seca e torturada pelo sol, nesse novo sertão londrino, a chuva é bem-vinda. A chuva é uma benção.

Este conteúdo é de total responsabilidade do autor da coluna Lívia Moura.

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